Cidades com as piores qualidades de ar são divulgadas por plataforma Suíça
Diversas cidades brasileiras estão registrando uma piora na qualidade do ar em meio a uma semana marcada por clima seco, altas temperaturas e incêndios. O problema se intensifica com a dispersão de fumaça em diversas regiões do país.
De acordo com dados de plataformas internacionais de monitoramento em tempo real, localidades das regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul apresentam níveis de qualidade do ar considerados prejudiciais à saúde.
Porto Velho e Rio Branco
Entre as situações mais críticas estão Porto Velho, em Rondônia, e Rio Branco, no Acre. Segundo a IQAir, empresa suíça de tecnologia de qualidade do ar, ambas as cidades registraram, na manhã de terça-feira (10), um Índice de Qualidade do Ar (AQI, na sigla em inglês) superior a 200, nível classificado como “muito insalubre”.
Mais tarde, Rio Branco apresentou um índice de 170, ainda considerado prejudicial à saúde, enquanto Porto Velho registrava exatamente 200.
Em resposta a essas condições, as autoridades de saúde emitiram alertas de emergência. A recomendação é que crianças, adultos ativos e pessoas com doenças respiratórias, como asma, evitem exercícios ao ar livre, enquanto todos devem limitar suas atividades externas.
Um AQI mais baixo indica uma qualidade do ar melhor; por exemplo, índices até 50 são considerados “satisfatórios” e apresentam pouco ou nenhum risco.
O AQI mede a qualidade do ar com base em cinco poluentes regulamentados pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos: ozônio, material particulado, monóxido de carbono, dióxido de enxofre e dióxido de nitrogênio.
São Paulo lidera o ranking mundial de pior qualidade do ar
Na terça-feira (10), São Paulo registrou o pior índice de qualidade do ar entre as metrópoles monitoradas em tempo real pela IQAir. A capital paulista superou cidades como Kinshasa, na República Democrática do Congo, e outras grandes metrópoles globais, com um AQI de 160, classificado como “pouco saudável”.
No momento da publicação do relatório, o índice havia caído para 136, colocando São Paulo em quinto lugar no ranking mundial.
Segundo a IQAir, os elevados níveis de poluição em São Paulo são atribuídos a fatores como emissões veiculares, poluição por ozônio e a chegada de uma grande nuvem de fumaça oriunda de incêndios no norte do Brasil.
Desde o fim de semana, São Paulo vem enfrentando uma combinação de calor extremo e alta poluição do ar, com temperaturas entre 35°C e 37°C e qualidade do ar classificada como “muito ruim” devido à alta concentração de ozônio e partículas de fumaça.
A previsão do Climatempo indica que o clima seco deve continuar até a segunda quinzena de setembro, com mínimas entre 16°C e 21°C e máximas de até 35°C. A umidade do ar deve permanecer abaixo de 20%, exigindo cuidados com a hidratação e a saúde respiratória.
Uma mudança climática é esperada para o fim de semana, com a chegada de uma frente fria no domingo, que deve causar queda de temperatura e chuvas na segunda-feira (23).