Cidade de São Paulo deixa de ser a pior do mundo e passa a ser a melhor do estado
A Cetesb, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, informou que, na tarde desta sexta-feira (13), apenas duas regiões apresentavam qualidade do ar classificada como “boa”.
Em São Paulo, o levantamento das 15h indicou essa condição apenas no bairro da Mooca, na zona leste. Fora da capital, a área central de Cubatão também foi classificada com boa qualidade do ar.
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Histórico de poluição em Cubatão
Nos anos 1980, Cubatão foi apontada pela ONU como uma das cidades mais poluídas do mundo. Na época, a cidade ganhou o apelido de “Vale da Morte”, com a população sofrendo os efeitos dos resíduos industriais lançados no ar e nos rios.
O bairro de Vila Parisi registrava um alto índice de nascimentos de crianças com malformações. No relatório mais recente da Cetesb, a qualidade do ar no local foi considerada “muito ruim”.
A situação em Cubatão começou a melhorar após a tragédia de 1984, quando um incêndio na Vila Socó resultou na morte de 93 pessoas. A partir daí, foram implantados programas de controle de poluição. Em 1992, durante a Eco-92, a cidade foi reconhecida por suas melhorias ambientais.
Outras regiões de São Paulo
Na capital, enquanto a Mooca apresentou ar de boa qualidade, outras regiões tiveram índices piores. O Parque Dom Pedro II e a Marginal Pinheiros/Ponte dos Remédios foram apontados com qualidade “muito ruim”. A área do Ibirapuera, conhecida por abrigar o maior parque da cidade, foi classificada como “ruim”.
No interior, cidades como Jundiaí, Campinas e Catanduva também apresentaram ar de qualidade “ruim”. Ribeirão Preto foi identificada com a pior classificação, “muito ruim”.
Impactos na saúde
A Cetesb alerta que, em condições de ar “muito ruim”, aumentam os sintomas respiratórios em crianças, idosos e pessoas com doenças pulmonares e cardiovasculares. Nesses casos, recomenda-se evitar atividades físicas intensas ao ar livre.
Classificação da qualidade do ar
A Cetesb utiliza diversos parâmetros para classificar a qualidade do ar, levando em consideração poluentes primários e secundários, além de substâncias como compostos de enxofre, nitrogênio, monóxido de carbono, entre outros. Esses fatores determinam os efeitos da poluição no ambiente e na saúde humana.