Carros da BYD vão despencar de preço no Brasil? Confirmado!

A BYD confirmou para o dia 26 de junho, às 9h, o início oficial das atividades de sua fábrica em Camaçari, na Bahia. A informação foi divulgada por Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da montadora chinesa, durante entrevista recente.

Entre os destaques da planta baiana está o desenvolvimento de uma tecnologia híbrida-flex, o que representa um avanço relevante para o setor, já que, até o momento, apenas a Toyota operava com modelos híbridos plenos (HEV) no país.

O primeiro modelo a sair da nova linha de produção será o Dolphin Mini, já conhecido no mercado por ser um veículo elétrico de entrada.

Entretanto, ainda não foram divulgados outros veículos previstos para fabricação local. Baldy, no entanto, sinalizou que a empresa pretende ampliar a oferta de modelos nos próximos meses, com foco na valorização do etanol como alternativa energética.

Transição adiada e denúncias trabalhistas

byd bahia
Foto: Reprodução

O cronograma inicial previa que os veículos montados no Brasil começariam a sair da fábrica ainda em 2024, com produção em escala prevista para o primeiro semestre de 2025. Contudo, problemas trabalhistas impactaram diretamente os planos da companhia.

Em novembro de 2024, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) identificou condições de trabalho degradantes envolvendo 163 trabalhadores chineses vinculados à construtora Jinjiang Construction Brazil Ltda, contratada pela BYD para atuar nas obras da fábrica.

Entre as irregularidades apontadas estavam alojamentos inadequados, falta de colchões, banheiros insuficientes — com casos de 31 trabalhadores dividindo um único sanitário —, além de retenção de passaportes e pagamento parcial de salários diretamente à China.

Após a operação de fiscalização, houve embargos e interdições. A BYD rompeu o contrato com a Jinjiang, afirmando que colabora com as autoridades brasileiras e reforçou que repudia qualquer violação de direitos trabalhistas.

Etanol no centro da estratégia

Com a produção prestes a começar, a montadora prepara um novo ciclo de investimentos e pretende ampliar o uso de etanol como fonte energética em sua linha de veículos híbridos, buscando concorrer diretamente com marcas já consolidadas no segmento.

A estratégia, segundo Baldy, é aproveitar o potencial do etanol brasileiro, considerado uma alternativa mais sustentável diante da matriz energética global.

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