Brasileiro é chamado pela Meta após criar IA de voz “superinteligente”

Rafael Valle, brasileiro de 40 anos, foi um dos nomes escolhidos por Mark Zuckerberg para integrar o novo time de elite da Meta, que investe bilhões no desenvolvimento de uma superinteligência artificial.

Músico regente de formação, Valle se destacou ao criar sistemas de geração de voz tão avançados que permitem copiar o timbre, ritmo e tom da fala humana com apenas três segundos de áudio — tecnologia que abriu caminho para conversas em tempo real com IA.

Como brasileiro foi escolhido para trabalhar com a Meta?

O trabalho de Valle consiste em ser parte do esforço da Meta para criar uma IA geral de áudio, capaz de compreender e gerar sons, vozes, músicas e até vocalizações animais, numa espécie de “ChatGPT dos sons”.

Valle iniciou sua trajetória em IA durante o doutorado em Berkeley, nos EUA, após um mestrado na Alemanha. Foi nessa época que ele começou a investigar se havia elementos nas ondas sonoras que permitissem distinguir vozes humanas reais de vozes geradas por IA.

A resposta, segundo ele, é não e que um selo de autenticação obrigatório poderá ajudar a evitar golpes e desinformação gerados por vozes clonadas — solução já adotada por gigantes como Google e OpenAI.

Após uma década na Nvidia, onde colaborou na base tecnológica de modelos de linguagem sonora e de tradução com vozes mais naturais, Valle deixou seu legado: o projeto Fugatto, uma IA generalista de áudio treinada exclusivamente com sons.

Valle integra uma equipe de cerca de 50 especialistas recrutados de empresas como OpenAI e Google. Entre eles estão nomes próximos a Ilya Sutskever, um dos criadores do ChatGPT.

Para Valle, a IA já supera capacidades humanas em várias tarefas, como no caso do AlphaFold2, da DeepMind, que ajudou a decifrar estruturas de proteínas e foi reconhecido com um Nobel.

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