Brasil não é o único país a ficar inabitável em 50 anos; veja lista da NASA

O futuro climático do planeta é alarmante. Um recente relatório da NASA, baseado em dados de satélites, revelou que várias regiões do mundo podem se tornar inabitáveis devido ao calor extremo até 2070. Entre essas áreas estão o Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste do Brasil.

A situação é agravada pelo fenômeno de “calor úmido extremo”, que combina altas temperaturas com elevada umidade relativa do ar, dificultando a regulação da temperatura corporal humana.

NASA alerta para Palor Úmido Extremo

O conceito de habitabilidade utilizado no relatório da NASA se baseia no calor úmido extremo, uma condição meteorológica que torna a sobrevivência humana desafiadora. Quando a umidade é alta, a evaporação do suor, que é o principal mecanismo do corpo para resfriar-se, torna-se ineficiente, levando ao risco de superaquecimento e morte.

O estresse por calor já é uma das principais causas de mortes relacionadas ao clima. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Mundial de Meteorologia (OMM), entre 2000 e 2019, o calor causou 489 mil mortes anuais em todo o mundo. Contudo, esses números são subnotificados, e estima-se que até 14,6 milhões de pessoas possam morrer por ano devido ao calor.

O cientista Colin Raymond, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, destaca a importância de medir com precisão o estresse por calor para entender seus impactos. Ele adotou o índice de temperatura de bulbo úmido (TW), que fixa em 35 °C o limite superior da tolerância humana.

Este índice mostra a capacidade do corpo humano de dissipar calor por meio do suor em condições quentes e úmidas. A temperatura de bulbo úmido é calculada usando medições de estações meteorológicas, e 35 °C é o limite que um ser humano pode suportar por até seis horas.

NASA
Foto: Divulgação

Outras Regiões em Risco

Além do Brasil, a NASA identificou outras quatro regiões do planeta que também podem se tornar inabitáveis nas próximas cinco décadas. O sul da Ásia, uma das regiões mais densamente habitadas do mundo, com bilhões de pessoas, está previsto para enfrentar temperaturas de bulbo úmido superiores a 35 °C até 2070.

No Golfo Pérsico e na costa leste do Mar Vermelho, as temperaturas já são extremamente altas e devem continuar a subir, o que pode antecipar a previsão catastrófica da NASA. A China e o Sudeste Asiático também estão na lista das zonas de risco, com prazos ainda incertos, mas igualmente preocupantes.

A atividade humana, como o desmatamento e o consumo irresponsável de recursos naturais, tem exacerbado a situação, especialmente em regiões como o Brasil. Esses dados ressaltam a urgência de ações concretas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e proteger a habitabilidade de diversas regiões do planeta.

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