Bolsonaro pode burlar o sistema para se candidatar presidente do Brasil em 2026?

A tentativa de alterar a Lei da Ficha Limpa para possibilitar a elegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2026 enfrenta obstáculos e tende a não avançar no Senado.

A proposta, defendida por aliados do ex-mandatário, busca reduzir o prazo de inelegibilidade de oito para dois anos, além de modificar o período de contagem dessa inelegibilidade. A informação foi divulgada pela GloboNews.

A proposta perde força no Congresso

De acordo com a jornalista Daniela Lima, a idéia de flexibilizar as punições da Lei da Ficha Limpa ganhou contornos negativos no Congresso, especialmente devido à sua impopularidade.

A medida é vista como um afrouxamento das penalidades e tem gerado descontentamento em amplos setores da sociedade brasileira, que enxergam a proposta como um passo em direção à impunidade.

Resistência do STF e apoio diminuído no Senado

Além da resistência popular, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se manifestaram contra a mudança e alertaram o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), de que reduzir a inelegibilidade para apenas dois anos seria inviável, já que o período seria inferior ao tempo de uma legislatura. Com a pressão de vários setores, a proposta perdeu apoio significativo, especialmente no Senado.

Um levantamento realizado por articuladores da proposta indicou que, para que a alteração fosse aprovada, seriam necessários 41 votos, mas a proposta contaria com apenas 34 votos a favor.

A surpresa ficou por conta da ausência de apoio de membros do próprio PL, partido de Bolsonaro, que se distanciaram da iniciativa e abandonaram o projeto.

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