Bebidas populares no mundo fitness não entregam o que prometem
Uma recente pesquisa conduzida pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) analisou 29 diferentes marcas de bebidas lácteas proteicas, verificando a veracidade das informações nos rótulos em comparação com a composição real dos produtos. O estudo revelou que, embora todas as marcas cumpram com a legislação vigente, muitas delas entregam menos proteína do que o anunciado nas embalagens.
A pesquisa ocorre em um contexto de crescente demanda por produtos proteicos no Brasil, com dados mostrando um aumento expressivo no consumo de bebidas lácteas UHT. Este crescimento é movido pelo interesse dos consumidores em opções de alimentação mais prática e nutritiva. Projeções indicam que o mercado de produtos com conteúdo proteico deve aumentar em 50% até 2026.
Quantidades de proteína nas bebidas lácteas
No estudo, 11 das 29 marcas foram selecionadas aleatoriamente para uma análise laboratorial detalhada dos níveis de proteína. A legislação brasileira exige que a quantidade de proteína presente não seja inferior a 80% do valor declarado no rótulo. Dos produtos testados, somente a bebida Italac sabor chocolate se destacou positivamente, apresentando 17g de proteína por porção, superando as 15g informadas no rótulo.
Outras marcas estavam dentro dos limites permitidos, mas a quantidade de proteína era menor do que a declarada. A média de proteína encontrada foi de 16,4g por 250ml, evidenciando uma falta de precisão nas informações apresentadas aos consumidores. Essa diferença pode impactar a eficácia nutricional, especialmente para aqueles que dependem de uma ingestão precisa de proteínas, como os atletas.
Como os aditivos afetam as bebidas lácteas com proteína
A pesquisa também revelou que todas as marcas analisadas contêm aditivos, como aromatizantes, corantes e espessantes, embora em quantidades variáveis. A marca com menor uso de aditivos foi a Piracanjuba Imunoday, demonstrando uma maior preocupação com a pureza do produto.
De acordo com especialistas, a utilização de aditivos é necessária para garantir a estabilidade e sabor das bebidas. A adição de adoçantes, conhecida como edulcorantes, é comum principalmente nas bebidas com menos carboidratos. É importante que os consumidores fiquem atentos às informações dos rótulos para fazer escolhas mais conscientes, considerando esses componentes.
As bebidas lácteas proteicas analisadas também variam significativamente em conteúdo de carboidratos. A Italac sabor chocolate 25g apresentou a menor quantidade de carboidratos, com 6,8g por 250ml, enquanto a Vigor sabor chocolate teve a maior quantidade, com 20,5g por 250ml.