Atenção: criminosos estão aplicando golpes usando restituição do imposto
Criminosos estão utilizando mensagens falsas, supostamente enviadas pelo governo federal, para aplicar golpes envolvendo a restituição do Imposto de Renda.
O esquema busca induzir as vítimas a realizar transferências via PIX, sob o pretexto de agilizar o pagamento da restituição. Entenda mais detalhes a seguir.
Golpe da restituição do imposto de renda
O golpe começa com um SMS alertando falsamente que a restituição do Imposto de Renda está prestes a expirar e que o contribuinte deve clicar em um link para receber o pagamento imediatamente.
A mensagem fraudulenta, que circula há algumas semanas, é apresentada como enviada por “GOVBR”, tentando imitar a plataforma oficial gov.br, que centraliza vários serviços públicos.
O link leva a um site que simula o portal do governo federal, solicitando que a vítima insira CPF, senha do gov.br e outros dados pessoais, como nome da mãe e data de nascimento.
Em seguida, a página falsa pede uma chave PIX para supostamente direcionar o valor da restituição e informa que, para confirmar o processo, o contribuinte deve pagar uma taxa do Banco Central via PIX.
No entanto, o CNPJ associado à chave PIX não tem relação com o Banco Central, mas pertence a uma microempresa registrada recentemente em São Paulo.
O que diz a Receita Federal
No entanto, a Receita Federal enfatiza que valores a receber são depositados automaticamente na conta informada na declaração, conforme o cronograma oficial, sem necessidade de solicitação adicional.
A Receita Federal esclarece que não envia links nem solicita dados pessoais por mensagens na internet. Portanto, ao receber tais mensagens, os contribuintes devem ignorar o link.
Como se proteger
Embora clicar no link não cause riscos diretos como infecção por vírus, o objetivo é levar a vítima a realizar uma transferência via PIX. Além disso, os golpistas podem coletar dados do gov.br.
Alguns indícios podem ajudar a identificar mensagens falsas:
- Mensagens de texto ou e-mails com links ou solicitações de dados ou correções nas declarações. A Receita Federal não inclui esses itens em suas comunicações online.
- Links que não terminam com “.gov.br”, indicando que não são de sites oficiais.
- Falta de informações ao clicar no contato do remetente “GOVBR”.
- Tentativa de criar um senso de urgência para induzir a vítima a seguir as instruções rapidamente.
- Texto sem acentuação e pontuação corretas, além de letras maiúsculas indevidas, não seguindo o padrão de mensagens oficiais.
A Receita Federal recomenda não abrir anexos de e-mails suspeitos e, em caso de dúvida, utilizar o site oficial do órgão ou o e-CAC para verificar a autenticidade das comunicações.