Asteroide que pode acabar com o mundo é descoberto em missão espacial
Há cerca de 65 milhões de anos, a Terra foi atingida por um visitante indesejado: um asteroide de aproximadamente 10 km de diâmetro colidiu com o planeta na região de Chicxulub, onde hoje fica o Golfo do México. Felizmente, desde então, nenhum asteroide desse tamanho atingiu a Terra durante a existência humana.
Embora o planeta não esteja completamente livres da ameaça de um impacto catastrófico, está melhor preparado para lidar com esse tipo de evento.
Uma missão espacial lançada nos anos 1990, que foi enviada para estudar um dos maiores asteroides próximos à Terra e que poderia representar um perigo no futuro. Veja mais detalhes a seguir.
Missão NEAR-Shoemaker
A missão NEAR-Shoemaker, nomeada em homenagem ao astrônomo Eugene Shoemaker, foi projetada para estudar Eros, um asteroide de 34 km próximo à Terra.
Atualmente, Eros não representa um risco iminente de colisão, passando a uma distância segura de 36 milhões de quilômetros da órbita terrestre.
No entanto, estudos indicam que, em 2 milhões de anos, ele poderia se aproximar perigosamente da Terra, um cenário preocupante, considerando que Eros é cerca de cinco vezes maior que o asteroide que causou a extinção dos dinossauros.
A NEAR-Shoemaker foi a primeira missão do Programa Discovery da NASA, que buscava desenvolver missões espaciais de baixo custo, mas com grande valor científico. A sonda, do tamanho de um carro e com poucas partes móveis, estava equipada com seis instrumentos para registrar imagens, analisar raios-X e raios gama, e detectar campos magnéticos, tudo alimentado por energia solar.
Graças ao seu design simplificado, a sonda foi construída em apenas 26 meses e lançada em fevereiro de 1996 a bordo de um foguete Delta II, de Cabo Canaveral, na Flórida.
Durante grande parte da viagem até Eros, a NEAR-Shoemaker permaneceu em estado de hibernação, sendo ativada brevemente em junho de 1997 para um encontro com outro asteroide, Mathilde.