Asteroide capaz de devastar países está se aproximando da Terra

Corpos celestes rochosos e metálicos que orbitam o Sol desde a formação do sistema solar, os asteroides têm ganhado destaque nas pesquisas astronômicas por seu papel duplo: tanto como fonte de conhecimento científico quanto como potenciais ameaças ao planeta.

Muitos deles permanecem concentrados no chamado cinturão de asteroides, entre Marte e Júpiter. Outros, no entanto, se aproximam da Terra e são classificados como objetos próximos da Terra (NEOs).

A NASA, por meio do seu Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS) e do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), lidera a vigilância constante dessas trajetórias, acompanhando em tempo real a movimentação desses corpos com o objetivo de prevenir riscos de impacto e preparar medidas de mitigação, caso sejam necessárias.

Quais asteroides estão sendo observados em 2025?

Em 2025, diversos asteroides têm sido observados ao se aproximarem da órbita terrestre. Entre eles, o “2025 HP22”, com cerca de 22 pés de diâmetro, viaja a uma velocidade superior a 24 mil milhas por hora e deverá passar a 306 mil milhas da Terra.

Já o “2025 JA”, um pouco maior, possui 26 pés e se desloca a mais de 11 mil milhas por hora, mantendo uma distância de 317 mil milhas do planeta.

Outro objeto de interesse é o “2025 HR1”, com tamanho equivalente ao de um ônibus e deslocamento de aproximadamente 14 mil milhas por hora, que passará a 2,9 milhões de milhas da Terra. O “2025 HJ5”, com 48 pés, teve uma passagem recente estimada em 2,5 milhões de milhas, a uma velocidade de 17 mil milhas por hora.

Por que acompanhar asteroides é essencial?

A detecção precoce de objetos com rota próxima à Terra é vital para garantir a segurança planetária. Embora a maioria dos asteroides não represente risco de colisão, seu monitoramento contínuo permite avaliar a necessidade de ações preventivas.

A comunidade internacional tem fortalecido a cooperação científica e tecnológica para criar estratégias de defesa espacial, como desvios de rota e planos de emergência.

Em um caso recente, o asteroide “2024 YR4”, inicialmente estimado em 200 pés de diâmetro, teve seu potencial de impacto reavaliado e minimizado após análises detalhadas — um exemplo de como a vigilância científica evita alarmismos e orienta decisões fundamentadas.

O que os asteroides revelam sobre o universo?

Mais do que riscos potenciais, os asteroides são considerados testemunhos do passado cósmico. Por serem formados há cerca de 4,6 bilhões de anos, eles conservam traços da origem do sistema solar.

O estudo de suas composições químicas e estruturas físicas permite aos cientistas aprofundar o entendimento sobre os processos primordiais que moldaram os planetas e demais corpos do universo.

Além disso, esses objetos podem conter metais raros e recursos naturais que, no futuro, poderão ser explorados por meio da mineração espacial, ampliando as possibilidades de abastecimento de matérias-primas para a Terra ou futuras colônias espaciais.

Missões espaciais e o futuro da observação

Nos últimos anos, missões como a japonesa Hayabusa2 e a americana OSIRIS-REx demonstraram a viabilidade de coletar amostras diretamente de asteroides e trazê-las para análises em laboratórios terrestres. Esses avanços não só aumentam o conhecimento científico como preparam o terreno para iniciativas de exploração espacial mais ambiciosas.

A tendência é que, com o lançamento de novos satélites e telescópios, o monitoramento desses corpos se torne ainda mais preciso.

A colaboração entre agências espaciais, como a ESA (Agência Espacial Europeia), Roscosmos (Rússia) e JAXA (Japão), também amplia o escopo das observações e acelera o compartilhamento de dados estratégicos.

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