Alerta! Consumo destes chocolates pode ser bomba para coração de idosos

Uma das grandes controvérsias no campo da nutrição hoje em dia é que as orientações para as pessoas muitas vezes se baseiam nos nutrientes – “reduza o consumo de carboidratos”, “aumente a ingestão de proteínas”, “garanta uma boa dose de vitamina C” – em vez de considerar os alimentos em si.

No entanto, essa questão não é tão simples, principalmente quando lembramos que os nutrientes estão interligados nos alimentos e que frequentemente combinamos diferentes alimentos em nossa dieta, formando o que os cientistas chamam de padrões alimentares.

Pesquisa

Um estudo realizado no Reino Unido em 2021 analisou os dados de mais de 116 mil pessoas com idades entre 37 e 73 anos e identificou dois desses padrões alimentares associados a um maior risco de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, bem como mortes relacionadas a essas condições e mortalidade em geral. Os resultados foram publicados na revista BMC Medicine.

Os pesquisadores coletaram informações sobre a alimentação dos participantes através de registros alimentares de 24 horas em pelo menos duas ocasiões. Os voluntários foram acompanhados ao longo de cerca de 4,9 anos, durante os quais ocorreram 4.245 casos de doenças cardiovasculares, 838 mortes relacionadas a essas doenças e 3.629 mortes no total.

O primeiro padrão alimentar identificado inclui alimentos como chocolate, doces, pão branco, açúcar, biscoitos e alimentos processados, enquanto é pobre em vegetais, frutas frescas e alimentos integrais. Quanto mais uma pessoa adere a esse padrão, maior é o risco para a saúde cardiovascular. Aqueles no grupo com maior aderência a esse padrão apresentaram um risco 40% maior de doenças cardiovasculares e um aumento de 29% no risco de morte relacionada a essas doenças.

O segundo padrão alimentar está relacionado ao consumo de bebidas adoçadas, sucos de frutas, alimentos processados e doces, juntamente com alimentos ricos em gordura, como queijo e manteiga, ovos e carnes vermelhas. Os participantes mais aderentes a esse padrão tiveram um risco 14% maior de eventos cardiovasculares, 18% maior de morte por essas doenças e 11% maior de morte por qualquer causa.

“Os alimentos que contribuem para a alta ingestão de açúcar devem ser reduzidos ao mínimo. Mas as gorduras animais também são fontes importantes de gorduras saturadas prejudiciais à saúde, portanto, também é importante reduzir a carne vermelha e a processada, além de manteiga e outros alimentos de origem animal”, afirma Carmen Piernas, pesquisadora da Universidade de Oxford e autora sênior do estudo.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.