ADEUS DEFINITIVO? Com dívida milionária, Polishop pede recuperação judicial
Conhecida por suas inovações no varejo e presença marcante em infomerciais, a Polishop, agora sob o nome de Polimport, está enfrentando uma severa crise financeira. A empresa anunciou recentemente sua entrada em recuperação judicial devido a uma dívida impactante de R$ 352,1 milhões. Em um movimento para contornar a crise, a mesma ajuizou um pedido de tutela de urgência cautelar enquanto organizava a documentação necessária para formalizar o processo de recuperação judicial.
Este pedido, agora em análise pela Justiça, pode definir o futuro próximo da empresa. Se aprovado, a Polishop terá suas dívidas congeladas por um período de 180 dias, tempo durante o qual deverá apresentar um plano eficaz para sua reestruturação financeira e operacional.
Segundo o relato da empresa no pedido de reestruturação, embora tenha mantido uma trajetória de crescimento em receita e expansão de operações, mudanças no cenário econômico teriam impactado suas finanças. A transição do varejo físico para o digital, acelerada entre os anos de 2015 e 2019, e as severas restrições comerciais impostas pela pandemia de covid-19 teriam afetado drasticamente as operações da Polishop, principalmente aquelas localizadas em shoppings centers, resultando no fechamento de quase 300 lojas.
Como a Polishop planeja superar essa crise
Apesar dos desafios, a empresa está buscando estratégias internas para manter sua operação, incluindo a preservação das vendas e o manejo dos custos fixos, que não foram suspensos mesmo durante o período mais agudo da pandemia. A Polishop pretende reorganizar suas finanças e seu modelo de negócio para se adaptar ao novo contexto do mercado, enquanto tenta renegociar contratos e reduzir despesas não recorrentes.
A entrada em recuperação judicial é um capítulo delicado na história de 25 anos da Polishop. Com quase 70% de suas lojas físicas fechadas nos últimos dois anos, a implementação de um plano robusto de reestruturação é crucial. João Appolinário, fundador da empresa, mencionou que os contratos com shoppings centers se tornaram mais onerosos ao longo dos anos e que o varejo atravessa um período de adversidades.