Supermercados devem reduzir preços e aliviar o bolso dos brasileiros

A tarifa de 50% anunciada por Trump sobre produtos brasileiros pode trazer efeitos inesperados para o consumidor aqui no Brasil: queda nos preços de itens como carne, café e suco de laranja nos supermercados.

Com a exportação para o mercado norte-americano comprometida, parte da produção tende a ser redirecionada ao mercado interno, aumentando a oferta e pressionando os preços para baixo — pelo menos temporariamente.

Como os preços no mercado podem diminuir graças a tarifa?

O planejador financeiro Jeff Patzlaff explicou ao jornal “O Tempo” que essa tendência vale especialmente para setores como construção civil e alimentos. Produtos como aço e café, por exemplo, podem ter parte da produção desviada para dentro do país, impactando diretamente os preços ao consumidor.

Esse impacto pode reverberar em todos os produtos que o Brasil exporta além do café, como por exemplo petróleo bruto e seus derivados, laranja, carne bovina e equipamentos como escavadora, pás mecânicas e compressores.

Apesar da possível redução inicial, o governo federal adverte que é cedo para prever impactos duradouros. O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou à CNN que, se mantidas as tarifas norte-americanas, o país deve diversificar seus mercados e absorver parte da produção no mercado interno.

Contudo, o “tarifaço” pode significar aumento do dólar para o Brasil, o que significa o encarecimento considerável de muitos produtos que são vendidos aqui, mas que seus preços dependem da alta ou baixa da moeda americana.

Em resumo: o consumidor pode, sim, notar preços mais baixos nas gôndolas em função do aumento da oferta, principalmente em alimentos básicos comumente exportados. Mas, como alertam os especialistas, esse alívio no bolso tende a ser passageiro e limitado a alguns setores — não significando uma queda generalizada da inflação no país.

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