ChatGPT confirmou: Essas profissões estão com os dias contados

A inteligência artificial avança a passos largos e, com ela, cresce a preocupação sobre o futuro do mercado de trabalho. Uma lista extensa, gerada pelo ChatGPT-4, aponta 80 profissões que podem ser substituídas por sistemas automatizados em até cinco anos.

O levantamento foi feito pelo especialista em tecnologia André Cia, que questionou diretamente o modelo de linguagem da OpenAI sobre quais ocupações estão sob risco com o crescimento da IA.

Entre os profissionais mais ameaçados, estão assistentes jurídicos, tradutores, redatores e revisores de texto — alguns deles com previsão de substituição imediata, segundo a IA.

As projeções se baseiam na capacidade do ChatGPT-4 de executar tarefas técnicas, analíticas e comunicativas com eficiência crescente.

O impacto da IA no Judiciário e no serviço público

A discussão sobre os impactos da IA já chegou aos órgãos públicos. A Fenajufe (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União) alertou que a automação pode alterar profundamente carreiras públicas, principalmente em áreas como prestação jurisdicional.

Em 2022, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) já havia identificado um crescimento de 171% nos projetos envolvendo inteligência artificial nos tribunais brasileiros, com 111 iniciativas em andamento.

Esse cenário reacende debates sobre reestruturações institucionais. Recentemente, o Ministério Público da União aprovou a conversão de 376 cargos técnicos em funções de procuradores — um movimento que, segundo especialistas, pode indicar o início de um redimensionamento da força de trabalho pública, substituindo tarefas repetitivas por soluções tecnológicas.

IA pode afetar desde suporte técnico até engenharia de petróleo

A lista divulgada é ampla e heterogênea, contemplando desde funções administrativas, como auxiliares e assistentes, até postos altamente especializados, como médicos de diagnóstico, engenheiros de software, cientistas ambientais e psicólogos.

Algumas atividades, como suporte técnico, tutores online, atendentes de telemarketing e gestores de redes sociais, podem perder espaço já nos próximos 12 meses.

Em contrapartida, áreas como engenharia de produção, astronomia, oceanografia e psicologia clínica aparecem com prazos mais longos, podendo enfrentar automação total em até cinco anos.

O ChatGPT-4 foi cauteloso ao apresentar esses prazos como projeções técnicas, e não como certezas absolutas, alertando que fatores sociais, legais e éticos podem interferir no ritmo dessas substituições.

Uma provocação ao debate profissional e ético

O estudo, embora hipotético, levanta questões urgentes: como preparar trabalhadores para requalificação? Quais políticas públicas podem mitigar os impactos sociais da automação? E como equilibrar eficiência tecnológica com a preservação de empregos?

Para André Cia, o experimento é uma forma de instigar profissionais e instituições a se anteciparem às transformações. “A pergunta não é se a IA vai substituir essas funções, mas quando e de que forma isso será conduzido com responsabilidade”, conclui.

Sendo assim, é possível entender que a transformação digital não é apenas técnica — é profundamente humana. Com planejamento, ética e formação, o futuro do trabalho pode ser repensado em novos moldes, onde humanos e máquinas coexistam de maneira inteligente e justa.

Lista com 80 profissões que serão substituí­das pela IA, de acordo com o ChatGPT-4