Farmácia muito conhecida está prestes a fechar as portas

O mercado farmacêutico nos Estados Unidos vive um dos momentos mais delicados das últimas décadas. Desde a pandemia, o setor não conseguiu recuperar sua estabilidade e agora lida com um cenário de fechamentos em massa, concorrência desleal e pressão econômica intensa.

Entre os principais obstáculos estão a inflação persistente, o aumento dos custos operacionais e a atuação de gigantes do varejo como Amazon, Walmart e Costco, que oferecem medicamentos e itens de conveniência com preços mais agressivos e maior capilaridade digital.

Redes tradicionais não resistem à pressão do mercado

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As redes farmacêuticas mais tradicionais, como CVS, Walgreens e Rite Aid, vêm reduzindo drasticamente suas operações físicas.

A CVS Health, uma das maiores do país, confirmou o fechamento de 900 lojas até o final de 2024, como parte de uma estratégia para reestruturar sua presença física e focar em serviços digitais e de saúde integrada.

Já a Rite Aid vive a situação mais delicada. A rede entrou em processo de falência pela segunda vez em maio de 2025, refletindo uma crise financeira profunda.

Até agora, mais de 800 unidades foram encerradas, e a previsão é de que esse número alcance 1.240 lojas nos próximos meses. Destas, cerca de 700 já estão formalmente listadas para fechamento em diversos estados norte-americanos.

Por que as farmácias estão fechando?

O colapso parcial do setor não é fruto de um único fator. A equação inclui:

  • Pressão competitiva de grandes players digitais e atacadistas;
  • Mudança no comportamento do consumidor, que prioriza conveniência, entregas rápidas e preços menores;
  • Custo elevado de manter lojas físicas, especialmente em regiões urbanas;
  • Aumento das dívidas corporativas, com dificuldades de rolagem em um cenário de juros mais altos.

A combinação desses elementos fragilizou o modelo tradicional de farmácia de bairro, tornando-o economicamente inviável em muitas regiões dos Estados Unidos.

O que vem pela frente?

Analistas do setor apontam que o movimento de fechamento de lojas deve continuar em 2025 e 2026, com redes buscando formas de digitalizar seus serviços, otimizar estoques e reduzir custos fixos.

Ao mesmo tempo, empresas como Amazon continuam a investir em plataformas de saúde online, pressionando ainda mais o setor tradicional.

A tendência é que a farmácia física se torne mais especializada, com foco em atendimento clínico, vacinação e serviços de saúde primária, enquanto as vendas de medicamentos comuns migram para plataformas digitais.

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