Nova febre está matando muitos cidadãos no Brasil
Uma arbovirose pouco conhecida, mas potencialmente perigosa, tem ganhado espaço nos boletins epidemiológicos de grandes cidades brasileiras.
Trata-se da febre Oropouche, infecção causada pelo vírus OROV, que já circula no país há décadas, mas que agora apresenta surtos em expansão e risco aumentado de complicações.
O Ministério da Saúde emitiu um novo alerta, destacando que ações preventivas são, neste momento, a forma mais eficaz de conter o avanço da doença, especialmente em regiões urbanas com alta densidade populacional.
Vírus silencioso com sintomas parecidos aos da dengue

Transmitido por mosquitos vetores, como o Culicoides paraensis — popularmente conhecido como maruim — o vírus provoca sintomas que podem ser confundidos com outras doenças tropicais, como a dengue e a chikungunya. Os mais comuns são:
- Febre alta e súbita (acima de 38°C)
- Dores musculares e nas articulações
- Manchas vermelhas na pele
- Sensibilidade à luz (fotofobia)
- Tontura e mal-estar generalizado
Casos mais severos podem incluir vômitos, calafrios e sinais neurológicos, exigindo atenção médica imediata. Não existe tratamento específico, e o manejo clínico se concentra em hidratação intensiva, repouso e controle da dor com analgésicos indicados por profissionais.
Grupos de risco precisam de cuidado redobrado
Bebês, idosos e pessoas com imunidade comprometida têm mais chances de desenvolver quadros agravados e devem ser protegidos com medidas adicionais.
Dormir sob mosquiteiros, especialmente em áreas próximas a vegetação ou córregos, é uma das recomendações mais eficazes. A instalação de telas em portas e janelas também ajuda a impedir a entrada dos insetos transmissores em ambientes fechados.
Prevenção começa dentro de casa
O combate ao OROV não envolve apenas ações governamentais. A população deve adotar medidas cotidianas para reduzir o risco de infecção:
- Usar repelentes com icaridina ou DEET, reaplicando a cada quatro horas;
- Evitar áreas com infestação de mosquitos ao amanhecer e entardecer;
- Manter o ambiente doméstico limpo e sem acúmulo de água parada;
- Priorizar o uso de roupas compridas e de cores claras ao circular em locais de risco.
Avanço silencioso preocupa especialistas
Apesar de pouco conhecido, o vírus Oropouche já foi registrado em diversos estados brasileiros e preocupa infectologistas por seu potencial de surtos urbanos.
Sem vacina disponível, a doença depende unicamente da capacidade de prevenção individual e de resposta rápida das autoridades sanitárias.
Profissionais da saúde recomendam que qualquer quadro febril com sintomas associados seja imediatamente avaliado por um médico, especialmente quando há histórico de contato com áreas de risco ou presença recente de mosquitos.