Padre toma atitude drástica com relação aos bebês reborn

A decisão do padre Chrystian Shankar de não realizar cerimônias religiosas para bonecas reborn, réplicas hiper-realistas de bebês humanos, provocou ampla repercussão na internet.

Com forte presença nas redes sociais, o sacerdote tornou pública sua posição por meio de uma nota oficial, na qual também aconselha que os responsáveis por esses bonecos procurem apoio psicológico ou psiquiátrico.

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A negativa inclui não apenas o batismo, mas também a Primeira Comunhão, orações de cura e libertação e até mesmo missas de sétimo dia para as bonecas. Segundo o padre, esses pedidos têm sido feitos por pessoas que tratam os bonecos como filhos, o que, na avaliação dele, exige atenção da área da saúde mental.

“Não celebro missas para bonecas”, diz padre

Conhecido por transmitir missas animadas e mensagens espirituais com tom bem-humorado, Shankar afirmou de forma categórica: “Não batizo bonecas reborn. Não realizo Primeira Comunhão para elas. Não faço oração de libertação nem missa de sétimo dia para reborn que ‘arriou a bateria’”.

A declaração, carregada de ironia, gerou reações divididas. Enquanto parte do público concordou com o padre, apontando os limites do ritual religioso, outros o acusaram de falta de empatia e até de zombar de situações que, para alguns, representam tentativas de lidar com perdas ou traumas.

Fenômeno reborn: entre afeto e controvérsia

Os bebês reborn são bonecos criados com detalhes extremamente realistas, como textura de pele, peso semelhante ao de um recém-nascido e até mecanismos que simulam respiração.

Muitos compradores os adquirem por motivos emocionais — como a perda de um filho — ou como forma de terapia afetiva.

Embora não sejam raros os relatos de pessoas que os tratam como filhos, o uso desses bonecos no contexto litúrgico é visto com reservas pela Igreja Católica, que reconhece o batismo apenas para seres humanos vivos.

Influência nas redes e repercussão pública

Padre Chrystian Shankar acumula milhões de seguidores nas redes e costuma viralizar com conteúdos que mesclam fé, humor e mensagens motivacionais.

Dessa vez, no entanto, a repercussão envolveu um debate mais sensível sobre limites da fé, rituais religiosos e questões de saúde mental.

Apesar das críticas, o religioso manteve sua posição. Em publicações seguintes, reforçou que a igreja deve atuar com responsabilidade, e que cerimônias como o batismo devem respeitar os fundamentos teológicos e doutrinários da fé cristã.

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