4 estados brasileiros presenciam fenômeno misterioso no espaço

Objetos incandescentes foram vistos cruzando o céu na noite desta quarta-feira (14), chamando a atenção de moradores de Minas Gerais, Bahia, Goiás e do Distrito Federal.

O fenômeno levantou especulações entre internautas sobre a possibilidade de se tratar de um meteoro, mas especialistas esclarecem: trata-se de lixo espacial.

Os registros mais intensos ocorreram no interior de Minas Gerais, com destaque para o Norte do estado e os Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Em Brasília, uma moradora relatou ter visto o fenômeno nas proximidades do Palácio do Planalto.

Especialistas descartam meteoro e apontam lixo espacial

A hipótese mais comentada nas redes foi a de uma possível queda de meteoro. No entanto, de acordo com o professor Luis Cavalcante, do Planetário de Brasília, os vídeos não deixam dúvidas: “A fragmentação intensa e a baixa velocidade indicam claramente a reentrada de lixo espacial na atmosfera”, disse o especialista, em entrevista ao Estado de Minas.

Segundo ele, esse tipo de ocorrência tende a se tornar mais comum. “O número de satélites desativados e fragmentos deixados em órbita aumentou consideravelmente nos últimos anos. A tendência é que observações como essa se repitam com mais frequência”, explicou Cavalcante.

Comunidade científica confirma a origem do fenômeno

A Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon) também se manifestou nas redes sociais e reforçou que os objetos vistos nos céus são fragmentos de estruturas artificiais em reentrada. O astrônomo Sérgio Sacani, do canal Space Today, comentou com bom humor: “Não fujam para as montanhas! É apenas lixo espacial reentrando. Isso acontece e é absolutamente normal”.

Apesar do impacto visual e da curiosidade que o fenômeno gera, os especialistas tranquilizam: esses fragmentos geralmente se desintegram antes de atingir o solo, não oferecendo riscos à população.

O que é lixo espacial?

Lixo espacial é o termo utilizado para descrever peças e fragmentos de satélites, foguetes e outros artefatos criados pelo ser humano que orbitam a Terra e, eventualmente, retornam à atmosfera. Ao reentrarem, esses objetos são aquecidos pelo atrito com o ar, o que explica o brilho intenso observado.

O fenômeno reacende o debate sobre a crescente quantidade de detritos orbitando o planeta e os desafios para a sustentabilidade das operações espaciais.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.