Marca de café amada por brasileiros não será mais vendida nos supermercados

Uma operação conjunta entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) resultou na retirada de diversas marcas de café dos pontos de venda em todo o Brasil.

A medida, segundo os órgãos, foi motivada por riscos à segurança alimentar, incluindo contaminações por substâncias indevidas e presença de impurezas nos produtos.

A decisão foi tomada após uma série de análises laboratoriais realizadas ao longo de 2024. Os testes revelaram falhas graves em qualidade e conformidade sanitária, com indícios de adulterações que comprometem diretamente a saúde dos consumidores.

Marcas afetadas pela interdição

Foto: Reprodução/Freepik
Foto: Reprodução/Freepik

Foram identificadas mais de 20 marcas com problemas recorrentes. Entre elas estão Café do Norte, Aladdin, Bule Nobre, Café de Minas, Ouro Minas, Sultão, Casão, Aroma Premium e outras que circulavam com frequência em mercados regionais e nacionais.

De acordo com os laudos técnicos, os problemas envolviam desde a mistura com elementos não autorizados até a presença de microrganismos contaminantes.

Como é feita a fiscalização do café?

A Anvisa, em parceria com o Mapa, realiza coletas aleatórias de amostras em diferentes etapas da cadeia produtiva do café — desde a colheita até a chegada às prateleiras. As amostras são submetidas a testes que avaliam a presença de agentes químicos, microbiológicos e físicos.

Caso sejam detectadas inconformidades, o lote é imediatamente retirado de circulação, e a empresa é notificada.

Além disso, as empresas podem ser submetidas a sanções administrativas, como suspensão da licença de comercialização e multas.

Impactos no setor cafeeiro

A exclusão de marcas do mercado gera consequências diretas para os produtores. Empresas que não seguem os protocolos de segurança alimentar enfrentam não apenas a perda de consumidores, mas também o risco de terem suas operações interditadas.

A recomendação das autoridades é que o setor invista de forma contínua em controle de qualidade, transparência na cadeia de produção e auditorias independentes.

O papel do consumidor na prevenção

Especialistas recomendam que o consumidor adote uma postura ativa diante do consumo de alimentos e bebidas. Isso inclui verificar rótulos, prazos de validade e condições da embalagem antes da compra.

Além disso, acompanhar os alertas das autoridades sanitárias pode ajudar a evitar a ingestão de produtos irregulares.

Para o consumidor que tiver dúvidas sobre a procedência de um café, o ideal é consultar os canais oficiais da Anvisa, que atualizam constantemente a lista de produtos interditados ou sob investigação.

Um mercado em alerta

A retirada de tantas marcas do mercado serve de alerta para toda a cadeia produtiva do café. Em um país onde a bebida é símbolo nacional e hábito diário, garantir a qualidade e segurança do que se consome não é apenas uma obrigação legal, mas também um compromisso com a saúde pública.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.