Cerveja pode causar temido câncer em homens, revela estudo

Recentemente, especialistas reforçam a importância da prevenção ao câncer de próstata e destacam fatores de risco que podem passar despercebidos — como o consumo de bebidas alcoólicas. Pesquisas recentes têm apontado uma possível associação entre a ingestão de álcool e o desenvolvimento de tumores malignos na próstata, inclusive entre aqueles que consomem quantidades consideradas baixas.

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens brasileiros, atrás apenas do câncer de pele não melanoma.

Para o período entre 2023 e 2025, a estimativa é de 71.730 novos diagnósticos por ano. A doença também figura como a segunda principal causa de morte por câncer na população masculina.

Efeitos do álcool no organismo e a ligação com o câncer

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A ciência tem se debruçado sobre como o álcool interage com o organismo em relação ao surgimento de cânceres, entre eles o da próstata. O etanol, principal componente das bebidas alcoólicas, é classificado como substância carcinogênica.

Além disso, ele pode interferir no metabolismo de compostos também nocivos, comprometendo a reparação celular, aumentando o estresse oxidativo e favorecendo danos no DNA — mecanismos que podem desencadear o surgimento de tumores.

Uma revisão científica internacional identificou que o risco de câncer de próstata pode estar presente mesmo com a ingestão considerada leve a moderada de álcool — entre 1,3 g e 24 g diários.

O estudo também apontou uma relação direta entre quantidade consumida e elevação do risco, o que reforça a necessidade de incluir a prevenção do câncer de próstata em políticas públicas voltadas à redução do consumo de álcool.

Pesquisas revelam impacto sobre tratamentos e riscos mais graves

Outro estudo, conduzido nos Estados Unidos com mais de 10 mil homens acima de 55 anos, avaliou os efeitos do álcool combinados ao uso da finasterida, medicamento prescrito para prevenir ou tratar o câncer de próstata.

Os resultados mostraram que bebedores pesados (acima de 50 g de álcool por dia) apresentaram maior incidência de tumores agressivos, tanto entre os que tomaram o remédio quanto entre os que receberam placebo.

De forma semelhante, um levantamento realizado no Canadá com cerca de 4 mil homens reforçou a relação entre consumo elevado ao longo da vida e maior risco de desenvolvimento de câncer de próstata de alto grau.

Fatores de risco e importância do diagnóstico precoce

Embora o álcool seja um possível agravante, outros fatores já consolidados contribuem para o surgimento da doença. Entre eles estão o envelhecimento (com maior incidência após os 60 anos), histórico familiar, obesidade, tabagismo e exposição a substâncias químicas nocivas.

A detecção precoce continua sendo uma das principais estratégias para o sucesso do tratamento. Por isso, é essencial procurar um médico ao perceber sinais como:

  • Dificuldade para urinar;
  • Redução do fluxo urinário;
  • Necessidade de urinar com frequência (especialmente à noite);
  • Presença de sangue na urina.

Homens com histórico familiar da doença devem iniciar os exames preventivos a partir dos 45 anos. Para os demais, a orientação é iniciar o acompanhamento aos 50 anos.

Com informações do CISA

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