Oficial: Dragão é achado sem vida em praia no Brasil
Um raro encontro com o maior tubarão do planeta foi registrado na praia de Ilhabela (SP). O episódio ocorreu no dia 5 de março, quando os biólogos Daniel Munhoz e Larissa Uema, especialistas em mergulho, flagraram um tubarão-baleia enquanto realizavam atividades subaquáticas.
A gravação foi compartilhada nas redes sociais e chamou atenção pela grandiosidade e serenidade do animal. Daniel destacou que o tubarão-baleia desempenha um papel essencial na manutenção da cadeia alimentar marinha.
“A simples existência desses seres contribui para o equilíbrio dos oceanos. Eles participam de um ciclo que garante vida e estabilidade aos ecossistemas”, afirmou o biólogo.
Ele ainda descreveu a experiência como um momento de profunda conexão com a natureza: “Mergulhar ao lado desse animal é algo que nenhuma criação humana é capaz de proporcionar”.
Já Larissa ressaltou, em entrevista à CNN, que o encontro ajuda a quebrar preconceitos em relação aos tubarões. “Poucas pessoas sabem que muitos tubarões não são predadores de topo, como o tubarão-branco. Ver de perto um animal como esse, inofensivo e majestoso, é um privilégio imenso”, disse.
Entenda mais sobre o tubarão-baleia, encontrado na praia de Ilhabela

De acordo com informações do Bureau of Ocean Energy Management (BOEM), agência norte-americana, o tubarão-baleia é não apenas o maior tubarão, mas também o maior peixe vivo atualmente. Um dos exemplares já registrados chegou a medir impressionantes 18,8 metros de comprimento.
Com uma cabeça ampla e achatada e uma boca localizada na parte frontal, o tubarão-baleia utiliza um mecanismo de filtragem para capturar seu alimento — principalmente plâncton, além de pequenos peixes e crustáceos.
Sua aparência é marcada pela pele cinza-escura repleta de manchas e listras claras, únicas em cada indivíduo, funcionando como uma espécie de identidade natural.
Esses gigantes dos mares são altamente migratórios e habitam águas tropicais e temperadas ao redor do mundo, com exceção do Mar Mediterrâneo. Suas rotas de migração acompanham a oferta de alimento, florações de plâncton e alterações sazonais na temperatura dos oceanos.
Além de regular populações de microrganismos e pequenos peixes — prevenindo assim desequilíbrios que poderiam afetar a disponibilidade de oxigênio na água — os tubarões-baleia também contribuem para o ciclo de nutrientes marinhos através de seus dejetos, que são ricos em nitrogênio e fósforo.
Apesar de seu papel vital para a saúde dos oceanos, a espécie está classificada como “em perigo” pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), o que reforça a necessidade de ações para sua proteção e conservação.