Governo brasileiro faz proibição sobre o uso de IA

Foi sancionada a Lei 15.123/25, que amplia a punição para casos de violência psicológica contra a mulher envolvendo o uso de inteligência artificial (IA) ou tecnologias que alterem voz ou imagem da vítima. O texto foi publicado na edição desta sexta-feira (25) do Diário Oficial da União.

Pela nova legislação, a pena de reclusão de seis meses a dois anos, além de multa, terá um aumento de 50% quando o crime for cometido com o auxílio de ferramentas tecnológicas.

A medida é resultado do Projeto de Lei 370/24, de autoria da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ). A proposta, considerada prioritária durante o Mês da Mulher, foi aprovada pela Câmara dos Deputados em março do ano passado e, em seguida, pelo Senado Federal.

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 Jandira Feghali, autora da proposta. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Uso de tecnologia para criar deepfakes preocupa autoridades

Segundo Jandira Feghali, a regulamentação é necessária diante do crescimento de crimes cometidos com deepfakes, recursos de IA capazes de gerar imagens, áudios e vídeos falsos com alto grau de realismo. Muitas vezes, essas montagens simulam situações de caráter sexual para ofender, ameaçar ou humilhar mulheres e meninas.

“A inteligência artificial permite reproduzir vozes, rostos e corpos com precisão assustadora, impactando diretamente a reputação, a dignidade e a saúde psicológica das vítimas”, destacou a parlamentar.

Entenda o conceito de violência psicológica

O Código Penal define a violência psicológica contra a mulher como qualquer ação que cause dano emocional, restrinja a liberdade de decisões ou tenha o objetivo de controlar comportamentos, crenças ou atitudes.

Essa forma de violência pode ocorrer por meio de ameaças, humilhações, chantagens, isolamentos, manipulações ou outras práticas que afetem a autonomia e a saúde mental da vítima.

Com a evolução das tecnologias, os crimes passaram a incluir também a utilização de deepfakes, que têm se tornado um instrumento frequente de agressão virtual.

Com informações da Agência Câmara de Notícias

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