Vaticano faz uma série de proibições após a morte de Papa Francisco
O Vaticano comunicou oficialmente a interrupção de todas as cerimônias de beatificação da Igreja Católica até que seja eleito o novo líder da instituição. A decisão, tomada pelo Colégio de Cardeais na terça-feira (22), ocorre após a morte do papa Francisco, ocorrida na segunda-feira (21).
A suspensão afeta diretamente o processo de canonização, responsável por reconhecer oficialmente uma pessoa como santa. Um dos eventos que seriam realizados nos próximos dias — a canonização do jovem italiano Carlo Acutis, conhecido como o “padroeiro da internet” — também foi adiado. A cerimônia estava prevista para ocorrer no domingo (27), na Praça São Pedro, em Roma.
Mudanças na agenda da Igreja
Com a morte de Jorge Mario Bergoglio, que esteve à frente da Igreja por quase 12 anos, o foco da cúpula católica agora se volta para a organização do conclave que escolherá o novo papa. Até lá, nenhum avanço no processo de beatificação será autorizado.
O Colégio de Cardeais, que já está reunido no Vaticano, assumiu interinamente as decisões da Santa Sé até a definição do novo pontífice.
Imagens e cerimônia de despedida

Também na terça-feira (22), foram divulgadas as primeiras imagens do corpo do papa Francisco, que está sendo velado na Casa Santa Marta, local onde viveu durante seu pontificado. Em uma das fotos, o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, aparece em oração junto ao caixão.
O funeral de Francisco está marcado para o próximo sábado (26), às 10h (horário local de Roma), equivalente às 5h da manhã no horário de Brasília. O evento será acompanhado por milhares de fiéis e líderes religiosos de todo o mundo.
Trajetória de Francisco
Nascido em 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, na Argentina, Francisco foi o primeiro papa latino-americano da história e também o primeiro jesuíta a ocupar o cargo. Sua eleição, em 13 de março de 2013, aconteceu após a renúncia de Bento XVI, marcando uma das transições mais significativas da história recente da Igreja Católica.
Ao longo de seu papado, Bergoglio foi reconhecido por sua postura pastoral voltada aos mais pobres e marginalizados, pela defesa de causas sociais e pela tentativa de modernizar o diálogo entre a Igreja e o mundo contemporâneo.
Em nota oficial, o Vaticano declarou:
“Francisco retornou à casa do Pai. Sua vida foi inteira dedicada ao serviço do Senhor e da Igreja. Com profunda gratidão, entregamos sua alma ao amor misericordioso de Deus.”