Caminhar de costas traz muito mais benefícios do que você imaginava
Simples, acessível e versátil, a caminhada segue como uma das atividades físicas mais populares entre os brasileiros. Mas, além da versão tradicional, uma modalidade menos conhecida começa a chamar atenção em academias e centros de reabilitação: a caminhada reversa, também conhecida como retro walking.
Essa forma de exercício, que consiste em andar para trás, é cada vez mais adotada em protocolos de reabilitação, treinos funcionais e preparações esportivas específicas.
De acordo com especialistas da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), caminhar de costas pode ajudar a proteger articulações, reduzir dores e melhorar o condicionamento físico de quem está se recuperando de lesões.
Além disso, a prática pode fortalecer a musculatura, a caminhada reversa pode ser útil para pessoas com artrose, pois reduz o impacto nas articulações em comparação à caminhada tradicional.
Caminhada reversa estimula equilíbrio e ativa músculos diferentes
Caminhar para trás exige mais da coordenação motora, da postura e da propriocepção — a capacidade que o corpo tem de perceber sua posição no espaço, essencial para o equilíbrio. Isso acontece pois a ação envolve grupos musculares que não costumam ser ativados com frequência na caminhada convencional, como os glúteos, os isquiotibiais e os estabilizadores da lombar.
Esses músculos são especialmente importantes em processos de reabilitação física, sobretudo após lesões nos membros inferiores. Além disso, estudos apontam que a prática ajuda a melhorar o controle motor e pode ser incorporada com segurança a programas de fisioterapia, desde que com o acompanhamento adequado.
Nem todo mundo deve praticar: veja os cuidados antes de começar
Apesar dos benefícios, o exercício não é indicado para todos. Idosos, pessoas com dificuldades de equilíbrio ou com histórico de quedas devem evitar essa prática sem supervisão, já que o risco de acidentes aumenta.
Além desses grupos, pacientes com lesões no joelho, tornozelo ou coluna — como hérnias de disco ou desgastes articulares — devem ter atenção redobrada. O esforço de caminhar para trás pode acentuar dores ou causar desequilíbrios posturais.
Recomendações para praticar com segurança
Especialistas recomendam que o exercício seja feito em ambientes controlados, como academias ou clínicas de fisioterapia, e com supervisão profissional. Para iniciantes, a sugestão é começar com sessões curtas e de baixa intensidade, aumentando o tempo conforme o corpo se adapta.