Brasil está no top-10 países com mais dólares disponíveis no mundo

Assim como pessoas, empresas e governos, os países também precisam manter uma reserva de ativos que funcione como uma espécie de colchão de segurança para sustentar a estabilidade econômica e reforçar a credibilidade internacional.

No caso do Brasil, a maior parte dessas reservas está aplicada em dólares, a principal moeda de referência no comércio global. De acordo com levantamento recente do Banco Mundial, o país ocupa a nona posição entre os maiores detentores de reservas internacionais em dólar.

Como funciona a reserva de ativos?

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Foto: Foto: Kiyoshi Ota/Bloomberg

Nas chamadas reservas internacionais, administradas por bancos centrais, entram ativos como moedas estrangeiras de grande circulação — com destaque para o dólar americano, o euro e o iene —, além de títulos de dívida soberana e ouro.

Essa estratégia é essencial para assegurar o cumprimento de compromissos financeiros com outros países e organismos multilaterais.

Os 20 países com as maiores reservas em dólar:

  1. China – US$ 3,3 trilhões
  2. Japão – US$ 1,2 trilhões
  3. Suíça – US$ 794,9 bilhões
  4. Índia – US$ 574,5 bilhões
  5. Rússia – US$ 442,5 bilhões
  6. Arábia Saudita – US$ 436,5 bilhões
  7. Hong Kong – US$ 425,4 bilhões
  8. Coreia do Sul – US$ 414 bilhões
  9. Brasil – US$ 346,4 bilhões
  10. Singapura – US$ 344,5 bilhões
  11. Estados Unidos – US$ 234,1 bilhões
  12. Tailândia – US$ 208,2 bilhões
  13. México – US$ 206,3 bilhões
  14. Israel – US$ 204,6 bilhões
  15. Emirados Árabes Unidos – US$ 184,5 bilhões
  16. Polônia – US$ 169,9 bilhões
  17. Reino Unido – US$ 157,3 bilhões
  18. República Tcheca – US$ 146,3 bilhões
  19. Indonésia – US$ 141,1 bilhões
  20. Canadá – US$ 117,5 bilhões

Como os países constroem suas reservas?

De acordo com especialistas, os países conseguem formar essas reservas principalmente por três vias:

  • Exportações: empresas que exportam recebem em dólar e trocam esse valor pela moeda local com o banco central, que retém os dólares;
  • Investimentos estrangeiros: quando há entrada de capital externo, o banco central pode adquirir os dólares que chegam ao país;
  • Compras diretas no mercado, ainda que o país adote um regime de câmbio flutuante.

Esses recursos são normalmente aplicados em ativos considerados de baixo risco, como os títulos do Tesouro dos Estados Unidos, que oferecem alta liquidez. Também é comum a alocação parcial em títulos de agências multilaterais, ETFs de renda fixa e ações de empresas internacionais.

Esse conjunto de ativos funciona como um instrumento de defesa econômica, reduzindo a vulnerabilidade a crises externas e contribuindo para a estabilidade financeira nacional.

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