Vacina aguardada por todos brasileiros deverá ser liberada no SUS

O Ministério da Saúde anunciou que pretende incluir a vacina contra chikungunya no Sistema Único de Saúde (SUS), após o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O imunizante foi desenvolvido por meio de uma parceria entre o Instituto Butantan e o laboratório Valneva, e será submetido à análise da Conitec — instância responsável por avaliar a incorporação de novas tecnologias na rede pública.

De acordo com nota oficial da pasta, a solicitação já está em andamento para que as etapas de avaliação sejam iniciadas “o mais breve possível”, permitindo que a vacina seja ofertada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), desde que haja capacidade de produção suficiente.

Doença avança no país e preocupa autoridades

Foto: Pixabay - imagem ilustrativa
Foto: Pixabay – imagem ilustrativa

A chikungunya é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue e do vírus Zika. O vírus chegou ao Brasil em 2014 e, desde então, tem se espalhado por todas as regiões do país. Dados do Ministério da Saúde indicam que, até 14 de abril, foram registrados 68,1 mil casos, com 56 mortes confirmadas.

O principal sintoma da infecção é a febre alta, acompanhada de dores articulares severas, que podem se prolongar e se transformar em condições crônicas em alguns pacientes.

Tecnologia nacional e reconhecimento internacional

A nova vacina, aprovada pela Anvisa, já conta com autorizações internacionais de uso, como da FDA (Estados Unidos) e da Agência Europeia de Medicamentos.

Trata-se de um imunizante de dose única, com base em uma tecnologia recombinante atenuada, e é indicado para adultos a partir dos 18 anos com risco elevado de exposição ao vírus. A aplicação é contraindicada para gestantes e pessoas imunocomprometidas.

Inicialmente, a produção será realizada na Alemanha, pela empresa IDT Biologika GmbH, mas há previsão de transferência de tecnologia para que o Instituto Butantan possa assumir a fabricação em território nacional no futuro.

A expectativa é que a incorporação do imunizante no SUS represente um avanço estratégico no controle das arboviroses e fortaleça a resposta pública às doenças transmitidas por mosquitos.

* Com informações da Agência Brasil

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