Operação Casa de Papel: fraude na Caixa causa prejuízos milionários
A Polícia Federal deflagrou a operação Casa de Papel, com o objetivo de investigar um esquema de fraudes em contratos de financiamento imobiliário no Distrito Federal.
A investigação teve início em 2022, após uma comunicação da Caixa Econômica Federal, que identificou irregularidades em contratos de financiamento. Até o momento, foram detectados 17 contratos fraudulentos, resultando em um prejuízo de aproximadamente R$ 1,8 milhão para a instituição financeira.
Durante a operação, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em residências e em um endereço profissional dos investigados. Além disso, as contas dos suspeitos foram bloqueadas até o valor correspondente ao prejuízo estimado.
A investigação revelou que o grupo criminoso utilizava uma empresa de fachada no setor de construção civil para vender imóveis fictícios, com o auxílio de um fiscal de obras que participava do esquema.
Como funcionava o esquema de fraude?
O grupo criminoso apresentava processos de habite-se fictícios à Prefeitura para imóveis inexistentes, que eram aprovados por um fiscal de obras envolvido no esquema.
Após a concessão do habite-se, a organização realizava a averbação do documento no Cartório de Registro de Imóveis, tornando os imóveis formalmente aptos para financiamento habitacional.
Com isso, os fraudadores conseguiam ingressar com processos de financiamento junto à Caixa, fraudando as vistorias necessárias.
Os investigados responderão por diversos crimes, incluindo organização criminosa, estelionato qualificado contra a Caixa, fraude em financiamento e uso de documento falso.
A Polícia Federal continua apurando o envolvimento de outras pessoas no esquema e a existência de outros contratos fraudulentos.
Qual o papel da Caixa na investigação?
A Caixa está colaborando ativamente com a Polícia Federal e outros órgãos de segurança pública nas investigações.
O banco reforça que as informações sobre fraudes são sigilosas e compartilhadas exclusivamente com as autoridades competentes.
Além disso, a Caixa está constantemente aprimorando seus critérios de segurança para acesso a aplicativos e movimentações financeiras, monitorando seus produtos e serviços para identificar e investigar casos suspeitos.