Governo volta a se manifestar sobre a isenção do Imposto de Renda

Com a proximidade do período de declaração do Imposto de Renda 2025, que deve ocorrer entre 17 de março e 31 de maio, o debate sobre a ampliação da faixa de isenção ganha força no governo federal.

A proposta de isenção para quem recebe até R$ 5 mil foi mencionada como prioridade legislativa pela nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, Gleisi Hoffmann, que tomou posse nesta segunda-feira (10/03).

O que disse a ministra sobre a isenção?

Em seu discurso de posse, Hoffmann destacou a necessidade de avançar com a medida, argumentando que milhões de brasileiros serão beneficiados.

“Hoje, uma professora que ganha R$ 5 mil precisa arcar com uma alíquota de 27,5% no Imposto de Renda, enquanto aproximadamente 150 mil pessoas com rendimentos mais altos pagam menos de 10%”, afirmou.

O que muda com a nova faixa de isenção?

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Foto: Estadão

A isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil foi uma promessa feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sua campanha. O impacto da medida no orçamento do governo é estimado em R$ 35 bilhões, mas há previsão de compensação fiscal para neutralizar essa perda de arrecadação.

Atualmente, estão isentos do Imposto de Renda os trabalhadores que recebem até R$ 2.259,20. Com a mudança, quem tem salário de até R$ 5 mil deixará de pagar o tributo.

Nova tabela progressiva e compensações

O governo pretende adotar um modelo de tributação escalonada, criando uma espécie de “rampa” para ampliar os benefícios a trabalhadores que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7,5 mil.

A alíquota começaria mais baixa e subiria progressivamente, alcançando 10% para aqueles com rendimentos anuais acima de R$ 1,2 milhão.

Já profissionais que possuem ganhos superiores a R$ 50 mil, somando salário CLT e rendimentos como pessoa jurídica, continuarão sendo tributados em 27,5% diretamente na folha de pagamento.

A proposta ainda precisa ser debatida e aprovada no Congresso Nacional, mas segue como uma das prioridades do governo para 2025.

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