O que muda no CadÚnico? Veja as novas regras

O Cadastro Único (CadÚnico) é uma ferramenta essencial para mapear as famílias de baixa renda no Brasil, permitindo que gestores públicos compreendam melhor a realidade socioeconômica dessas pessoas. 

Recentemente, o sistema passou por uma reformulação significativa, liderada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS). As mudanças começaram a ser implementadas no final de 2024 e incluem uma fase de testes e treinamentos que se estendeu até fevereiro.

A partir de março, o sistema antigo será completamente desativado, e todas as operações de cadastro e atualização serão realizadas no novo sistema. 

A principal inovação é a integração do CadÚnico com outras bases de dados públicas e privadas, permitindo um cruzamento de informações mais eficiente e preciso.

Quais são as principais mudanças no novo sistema do CadÚnico?

O novo sistema do CadÚnico traz várias melhorias, sendo a integração com outras bases de dados uma das mais significativas. 

No momento da inclusão ou atualização de dados, as informações serão buscadas e incluídas automaticamente, garantindo que os dados sejam precisos e atualizados. 

O uso do CPF como identificador principal permitirá verificar a regularidade do cadastro e identificar pendências associadas ao nome do inscrito. Além disso, o sistema agora está integrado com a biometria dos cadastrados, facilitando a identificação e reduzindo a possibilidade de fraudes. 

As informações associadas ao CPF, como registros de emprego formal, serão visíveis no sistema, permitindo que os operadores identifiquem rapidamente qualquer alteração na situação socioeconômica do beneficiário.

Como o reajuste do salário mínimo afeta o CadÚnico?

O reajuste do salário mínimo também impacta as regras de inscrição no CadÚnico. Com o novo salário mínimo fixado em R$ 1.518, a renda mensal para inscrição no CadÚnico foi ajustada para até R$ 759. 

Além disso, a renda mensal familiar total para cadastramento, que era de até três salários mínimos, agora é de R$ 4.554.

O cálculo do novo salário mínimo considera a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. 

A nova regra limita o aumento do salário mínimo a 2,5% acima da inflação, resultando em um reajuste menor do que o esperado, mas ainda significativo.

Integração de dados

A integração de dados e a automatização de processos prometem aumentar a eficiência e a precisão na identificação de beneficiários, reduzindo fraudes e garantindo que os recursos cheguem a quem realmente precisa. 

Com essas mudanças, o governo espera melhorar a qualidade do atendimento e a eficácia das políticas públicas voltadas para a população de baixa renda.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.