9,5 milhões de trabalhadores não terão direito ao saque integral do FGTS
Dos 12,1 milhões de trabalhadores que aguardam o saque integral do FGTS, 9,5 milhões não poderão retirar o saldo total disponível. O impedimento ocorre para aqueles que aderiram ao saque-aniversário antes de serem demitidos sem justa causa.
A limitação no resgate do saldo está relacionada às regras dessa modalidade. Quando um trabalhador escolhe o saque-aniversário, ele tem acesso apenas a uma porcentagem do saldo, enquanto o restante permanece retido.
Além disso, muitos anteciparam valores ao firmar empréstimos com instituições financeiras, utilizando o FGTS como garantia.
Entenda a restrição ao saque integral

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, explicou que parte do saldo do FGTS fica bloqueada para o pagamento das instituições financeiras que concederam empréstimos antecipados aos trabalhadores. Dessa forma, o saque integral não será possível para quem já comprometeu parte do valor.
“Entre os 12,1 milhões de trabalhadores, 9,5 milhões optaram pelo saque-aniversário e, além disso, anteciparam valores junto a bancos. Isso significa que, mesmo com um saldo alto no FGTS, eles poderão retirar apenas a parte não comprometida com essas operações financeiras”, afirmou o ministro.
Para exemplificar, Marinho citou um caso hipotético: um trabalhador com R$ 75 mil no FGTS que antecipou R$ 35 mil via empréstimo. Esse profissional poderá sacar R$ 40 mil, enquanto o valor restante será utilizado para quitar a dívida junto à instituição financeira.
Quem pode sacar o valor integral?
A nova medida permitirá o saque integral do FGTS para trabalhadores demitidos sem justa causa entre janeiro de 2020 e a publicação da Medida Provisória (MP). Esse grupo, ao aderir ao saque-aniversário, ficou impedido de acessar o saldo total do fundo.
Após esse período, as regras do FGTS voltam ao formato tradicional. Ou seja, trabalhadores que mantiverem a adesão ao saque-aniversário e forem dispensados no futuro não poderão resgatar o valor total imediatamente.