Entenda toda a polêmica sobre a Meta e Mark Zuckerberg
A Meta, empresa responsável por Facebook, Instagram e WhatsApp, revelou nesta terça-feira (7) uma aliança com o governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para combater esforços de regulação do ambiente digital em diversos países.
O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, justificou a decisão ao criticar o que chamou de “censura institucionalizada” em diferentes partes do mundo.
“Estamos prontos para colaborar com o presidente Trump para pressionar governos que estão perseguindo empresas americanas e promovendo mais censura”, afirmou Zuckerberg.
Ele destacou ainda que a única forma de conter essa “tendência global” seria com o apoio direto do governo dos EUA.
Entre os exemplos citados pelo empresário, estão a Europa, acusada de institucionalizar mecanismos de controle sobre plataformas digitais, países latino-americanos, que supostamente utilizariam “tribunais secretos” para ordenar a remoção de conteúdos, e a China, que teria bloqueado o acesso a aplicativos da Meta.
Mudanças na moderação de conteúdo
Zuckerberg anunciou uma série de mudanças nas políticas de moderação das redes sociais da Meta. Entre as alterações estão:
- Fim do programa de checagem de fatos, substituindo verificações por “notas da comunidade”, semelhantes às da plataforma X (antigo Twitter);
- Fim das restrições relacionadas a conteúdos sobre imigração e gênero, temas sensíveis à gestão Trump;
- Promoção de conteúdos cívicos, com ênfase em postagens de caráter político;
- Transferência das equipes de moderação da Califórnia para o Texas, visando operar em um estado com legislações mais flexíveis.
Zuckerberg explicou as mudanças em um vídeo de cinco minutos divulgado em suas redes. “Estamos voltando às raízes da liberdade de expressão. O programa de checagem de fatos será substituído nos EUA por contribuições da própria comunidade”, declarou.
As mudanças também incluem a remoção de restrições que, segundo ele, vinham silenciando vozes divergentes. “O movimento para ser mais inclusivo acabou sendo usado para calar opiniões diferentes, e isso foi longe demais”, disse.
Impactos no cenário digital
A decisão da Meta ocorre em meio a um cenário global de debates sobre liberdade de expressão e regulamentação de plataformas digitais. Com a aliança com o governo Trump, a empresa reforça seu posicionamento contrário às medidas de regulação adotadas em outros países, marcando uma nova etapa em sua relação com governos e usuários.
* Com informações da Agência Brasil