Governo Lula tem a PIOR avaliação da história, indica Quaest

Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (4) pela Quaest revelou que a reprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alcançou 90% entre agentes do mercado financeiro. O levantamento anterior, realizado em março, indicava uma reprovação de 26%.

A pesquisa também mostrou que apenas 3% dos entrevistados avaliam o governo como positivo, uma queda em relação aos 6% registrados no início do ano. Já 7% consideram o governo regular, ante 30% em março.

Salario minimo nao teria reajuste segundo o que disse Lula

O levantamento foi conduzido entre os dias 29 de novembro e 3 de dezembro e ouviu 105 gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mercado financeiro, com sede em São Paulo e Rio de Janeiro

A margem de erro é de 3,4 pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.

Cenário econômico e percepções do mercado

De acordo com o levantamento, 96% dos entrevistados acreditam que a política econômica do Brasil segue na direção errada, enquanto apenas 4% veem a condução econômica de forma positiva.

Para o ano de 2025, a expectativa é pessimista: 88% dos agentes financeiros projetam uma piora na economia, 10% acreditam que ela permanecerá estável, e apenas 2% esperam melhora.

Sobre a taxa de juros, atualmente em 10,75%, 66% dos entrevistados preveem um aumento de 0,75 pontos percentuais, enquanto 17% acreditam que o acréscimo será de 1 ponto percentual, e 15% projetam um aumento de 0,5 pontos percentuais.

Avaliação do Congresso Nacional

A percepção sobre o Congresso Nacional também piorou entre os agentes do mercado financeiro. De acordo com a pesquisa:

  • 41% consideram o desempenho do Congresso negativo (ante 17% em novembro de 2023);
  • 38% classificam como regular (eram 45%);
  • 21% avaliam como positivo (queda em relação aos 41% do levantamento anterior).

Uma das razões apontadas para a piora na avaliação é a possibilidade de aprovação da isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, enquanto um aumento da tributação para salários acima de R$ 50 mil é visto como improvável pelo mercado.

Ministro da Fazenda em foco

O desempenho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também foi avaliado na pesquisa. 41% dos entrevistados consideram o trabalho do ministro positivo, uma queda de 9 pontos percentuais em relação a março, quando o índice era de 50%.

Outros 24% avaliam o desempenho de Haddad como negativo (eram 12% em março), enquanto 35% o consideram regular (ante 38% no início do ano).

Além disso, 61% dos agentes afirmaram que a força política do ministro diminuiu desde o início do mandato, enquanto 35% a veem como estável e apenas 4% acreditam que ela se fortaleceu no período.

Reação ao pacote de gastos

Segundo o diretor da Quaest, Felipe Nunes, os números refletem a reação do mercado financeiro ao pacote de cortes de gastos apresentado pelo governo na semana passada.

Ele destacou que 86% dos entrevistados acreditam que Lula está mais preocupado com sua popularidade do que com o equilíbrio das contas públicas.

A pesquisa apresenta um panorama das expectativas e percepções do mercado financeiro em um momento marcado por incertezas econômicas e pressões políticas.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.