Morte de Maguila, aos 66 anos, deixa todos surpreendidos
A morte de José Adilson Rodrigues dos Santos, conhecido como Maguila, surpreendeu o Brasil nesta quinta-feira, 24 de outubro de 2024. O ex-boxeador, uma figura do esporte nacional, faleceu aos 66 anos em São Paulo, conforme confirmado por sua esposa, Irani Pinheiro.
A triste notícia marca o fim de uma era para muitos que cresceram acompanhando sua trajetória no boxe e admirando sua força tanto dentro quanto fora do ringue.
Sua carreira, que se estendeu de 1983 a 2000, foi marcada por 85 lutas profissionais, das quais venceu 77, sendo 61 por nocaute. Essa estatística impressionante é uma demonstração de seu talento, disciplina e dedicação.
Ele foi um dos grandes representantes do boxe brasileiro, deixando uma marca indelével no coração dos fãs e na história do esporte.
Encefalopatia Traumática Crônica (ETC)
Nos últimos anos, Maguila se opôs à Encefalopatia Traumática Crônica (ETC), uma doença incurável que afeta muitos ex-atletas de contato. A condição é conhecida como demência pugilística e resultado de golpes na cabeça sofridos ao longo da carreira.
Após um diagnóstico inicial incorreto de Alzheimer, Maguila passou a receber tratamento adequado em 2015, quando um neurologista começou a abordar os efeitos de sua longa carreira no boxe.
Ele falou sobre sua condição com uma força admirável, buscando tranquilizar seus fãs: “Quero mandar um abraço para todo o povo brasileiro que me viu lutando. Estou bem e seguro tranquilos. Só não posso mais lutar, mas estou bem.”
A comunicação da morte
A família de Maguila anunciou sua morte por meio de uma publicação no Instagram, destacando seu legado no esporte e na vida de muitos brasileiros. A mensagem expressava um profundo pesar e pedia respeito pela privacidade da família durante este momento difícil.
Além disso, eles informaram que em breve divulgariam detalhes sobre o velório e o sepultamento, permitindo que amigos e familiares prestassem suas últimas homenagens.
Trajetória de um lutador
Nascido em 12 de junho de 1958, em Aracaju, Sergipe, Maguila iniciou sua carreira no boxe em um cenário bem diferente do que se tornaria. Antes de se tornar um atleta profissional, ele trabalhou em diversas ocupações, inclusive como segurança em barcos, onde ganhou o apelido de “Godzilla” devido ao seu porte físico imponente.
Com o tempo, esse apelido evoluiu para “Maguila”, uma referência ao gorila do desenho animado de Hanna-Barbera, embora o nome tenha surgido em um contexto racista. Maguila, no entanto, ressignificou essa designação e a transformou num símbolo de força e resiliência.
A lembrança de Maguila viverá nas memórias das que o admiraram e no legado que deixou para as futuras gerações de boxeadores e atletas brasileiros.