Por que contribuinte do INSS espera 22 anos para se aposentar?

Após um longo período recebendo auxílio-doença, um motorista de ônibus conseguiu se aposentar por invalidez após 22 anos de espera. Durante esse tempo, ele enfrentou incertezas sobre a concessão do benefício definitivo.

Processo de afastamento e concessão do benefício

Em dezembro de 2001, o motorista José Lourenço, atualmente com 66 anos, sofreu um problema na coluna que o afastou de suas atividades profissionais.

Após passar por perícia no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em 2002, foi concedido a ele o benefício por incapacidade temporária, também conhecido como auxílio-doença. Ele permaneceu recebendo o auxílio durante mais de duas décadas.

Lourenço afirmou que viveu com receio constante de perder o benefício durante os processos de pente-fino realizados pelo INSS.

Ele relatou que, de acordo com os próprios médicos da instituição, não havia possibilidade de retorno ao trabalho devido à gravidade de seu problema de saúde.

A aposentadoria definitiva foi concedida em agosto deste ano, quando ele já havia completado seis anos após atingir os 60 anos de idade, prazo após o qual não há mais exigência de revisões no benefício.

Impacto

Ao ser notificado sobre a aposentadoria, Lourenço tentou formalizar a baixa em sua carteira de trabalho, mas foi informado pela empresa que não seria necessário. Apesar de ter conseguido a aposentadoria, ele comentou que o valor recebido é aproximadamente metade do salário que teria como motorista.

Os atrasos na aposentadoria podem causar diversos impactos significativos na vida de uma pessoa, afetando tanto o bem-estar emocional quanto a saúde física e a situação financeira.

Entre as principais consequências estão a incerteza sobre quando o benefício será liberado e o medo de perder o auxílio temporário, como o auxílio-doença, pode levar a ansiedade, estresse e até depressão.

A pressão constante para garantir a aposentadoria definitiva pode criar um estado de alerta e angústia que afeta o equilíbrio emocional do segurado.

O estresse crônico causado pela demora na aposentadoria pode desencadear ou agravar problemas de saúde física. Condições como hipertensão, doenças cardíacas e comprometimento do sistema imunológico são comuns em pessoas que enfrentam altos níveis de estresse.

Além disso, o quadro pode se agravar com hábitos prejudiciais, como o sedentarismo e a má alimentação, provocados pela tensão prolongada.

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