Ex-BBB Felipe Prior virou réu em 2020 após 3 denuncias de crime grave
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) confirmou, nesta terça-feira (10), a condenação do ex-participante do Big Brother Brasil, Felipe Prior, pelo crime de estupro. A decisão foi tomada em segunda instância e elevou a pena de seis para oito anos de reclusão em regime semiaberto.
Os desembargadores Luiz Tolosa Neto (relator), Ruy Alberto Leme Cavalheiro (revisor) e Márcia Lourenço Monassi decidiram de forma unânime após análise do recurso apresentado pela defesa de Prior.
O crime ocorreu em agosto de 2014, de acordo com a denúncia do Ministério Público, e a condenação inicial aconteceu em julho, na 7ª Vara Criminal da capital.
Felipe Prior é réu em outros três processos de estupro que tramitam na Justiça de São Paulo, segundo informações do TJ-SP.
Detalhes do crime de 2014
Na época dos fatos, tanto Prior quanto a vítima residiam na Zona Norte de São Paulo e estudavam na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Segundo a decisão de primeira instância, o ex-BBB ofereceu caronas à vítima e a outra amiga após uma festa universitária.
Após deixar a colega em sua casa, ele teria seguido em direção à residência da vítima. Próximo ao local, teria começado a beijá-la, passar a mão em seu corpo e puxá-la para o banco traseiro do carro, onde ocorreu o estupro. A vítima, que estava alcoolizada, não conseguiu resistir.
O processo foi considerado complexo, envolvendo o depoimento de 19 pessoas. A juíza responsável destacou que os testemunhos foram coerentes e, junto às provas apresentadas, formaram um conjunto robusto que levou à condenação de Prior.
Acusações na Justiça
Felipe Prior foi denunciado pelo Ministério Público em 2020 e tornou-se réu naquele ano. A denúncia, assinada pelos promotores Danilo Romão e Fernanda Moreti, inclui três acusações: um estupro em 2014 (pelo qual foi condenado em segunda instância), um estupro em 2016 e uma tentativa de estupro em 2018. O processo tramita em segredo de Justiça, e as informações são restritas.
O juiz determinou que Prior apresente resposta escrita às acusações no prazo de dez dias. Os casos envolvendo os outros crimes teriam ocorrido em diferentes municípios e foram encaminhados para os promotores locais.
Defesa nega acusações
Em julho do ano passado, Felipe Prior publicou um vídeo em suas redes sociais negando todas as acusações. Em nota, assinada pelos advogados Carolina Tieppo Pugliese Ribeiro, Rafael Tieppo Pugliese Ribeiro e Celly de Mesquita Prior, a defesa afirmou que ele “não tomou conhecimento do teor das acusações de crimes que jamais cometeu e que jamais cometeria”.