Urgente: EUA começa batalha definitiva contra Google para dar fim ao monopólio
O segundo julgamento antitruste entre o Departamento de Justiça dos EUA e o Google teve início nesta segunda-feira (9) na Virgínia.
O tribunal federal irá avaliar se o Google monopolizou de forma ilegal o setor de publicidade digital, obtendo vantagens competitivas sobre concorrentes e impactando o mercado de tecnologia e editores online.
De acordo com o The Guardian, este é o segundo grande processo antitruste contra o Google nos EUA. No mês anterior, a empresa perdeu uma ação judicial relacionada ao monopólio na indústria de busca online.
Detalhes do Processo e acusações contra o Google
O processo, iniciado em janeiro de 2023, centra-se na venda de anúncios digitais pelo Google. A empresa facilita a venda de espaço publicitário em websites e permite que anunciantes alcancem consumidores, retendo uma parcela significativa das receitas geradas.
A ação judicial menciona várias aquisições realizadas pelo Google, argumentando que a empresa passou a dominar todos os aspectos da publicidade digital.
Em 2007, o Google adquiriu a empresa de tecnologia de anúncios DoubleClick por US$ 3,1 bilhões, ganhando um mercado para editores venderem espaço publicitário. O Departamento de Justiça alega que a DoubleClick agora controla mais da metade do mercado de anúncios de exibição na web aberta.
O Google também comprou a Invite Media e a AdMeld, obtendo acesso tanto aos anunciantes interessados em espaço publicitário quanto aos editores.
Segundo o Departamento de Justiça, essas aquisições resultaram em controle do Google sobre o lado da oferta, o lado da demanda e o ponto de troca da publicidade online.
Ainda conforme o The Guardian, o Departamento de Justiça afirma que, embora o modelo de combinar sites e anunciantes para alcançar consumidores não seja ilegal, o Google teria consolidado um monopólio por meio de práticas anticompetitivas.
Provas e testemunhas planejadas
Os promotores federais pretendem apresentar documentos internos do Google e depoimentos de testemunhas como parte da argumentação. Executivos de editoras como Disney, New York Times, BuzzFeed, Vox e NewsCorp estão listados como potenciais testemunhas contra o Google.
Fundadores e CEOs de empresas de tecnologia de anúncios, bem como anunciantes, também deverão testemunhar. A lista de testemunhas inclui uma série de funcionários atuais e ex-funcionários do Google.