Cuidado: motoristas estão levando multa no valor de R$ 195,23
É evidente que dirigir nas grandes cidades brasileiras se tornou uma tarefa complexa. Com engarrafamentos frequentes e um crescimento contínuo no número de veículos, muitos motociclistas têm encontrado no “corredor” – o espaço entre as faixas de rolamento – uma alternativa para driblar o trânsito caótico.
No passado, trafegar entre as faixas de rolamento era um assunto controverso. Contudo, após a revogação do Art. 56 do CTB em 1997, essa prática passou a ser regulamentada. O Art. 29 do CTB é claro ao permitir o trânsito de motocicletas, motonetas e ciclomotores entre veículos de faixas adjacentes, desde que o fluxo de veículos esteja parado ou lento.
Essa tolerância significa que os motociclistas podem usar o corredor apenas em situações específicas de congestionamento ou tráfego lento. Respeitar a distância de segurança em relação a outros veículos é crucial, embora a lei não defina valores exatos para essa distância.
Penalidades por desrespeitar as normas
Para os motociclistas que não cumprem essas regras, as penalidades são rigorosas. Uma infração dessa natureza resulta em uma multa de R$ 195,23 e 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Portanto, conhecer e seguir essas regras é vital para evitar multas e garantir a própria segurança nas vias.
Enquanto que no Brasil a prática é permitida sob determinadas condições, em muitos estados dos Estados Unidos – com exceção da Califórnia – trafegar entre faixas é considerado uma infração grave. Esse contraste nas legislações reflete as diferentes prioridades e peculiaridades no gerenciamento de trânsito e segurança veicular em cada país.
Como as medidas locais impactam a segurança dos motociclistas
Na ausência de uma regulamentação federal mais específica para o tráfego de motocicletas, várias iniciativas locais têm sido implementadas para melhorar a segurança dos motociclistas. Um exemplo é a Faixa Azul, um projeto-piloto desenvolvido pela Prefeitura de São Paulo em conjunto com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Essa faixa exclusiva, que se estende por 17 km na Avenida 23 de Maio, foi planejada para promover a segurança dos motociclistas e facilitar a convivência entre diferentes modos de transporte. Desde sua criação, a Faixa Azul trouxe resultados positivos, como a ausência de acidentes fatais nas áreas onde está presente.