Quem é Chiquinho Brazão, acusado de envolvimento no crime contra Marielle
O assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018, continua a gerar desdobramentos importantes no cenário político e judicial do Brasil. Recentemente, o nome do deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil) emergiu como uma peça-chave nas investigações.
Esse novo desenvolvimento se deu a partir das delações premiadas de Ronnie Lessa, ex-PM acusado de ser um dos executores do crime. Segundo Lessa, uma figura política central estaria envolvida na ordem para a execução do assassinato. Esse político seria Chiquinho Brazão, o irmão de Domingos Brazão.
Investigação foca em Chiquinho Brazão
As delações de Lessa indicam diretamente Domingos Brazão, irmão de Chiquinho, como um dos mandantes do crime. Em janeiro, o “Intercept Brasil” noticiou essa acusação, que agora ganha mais peso com novas investigações. A presença de uma pessoa com foro privilegiado na lista de suspeitos fez com que o caso fosse levado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Chiquinho Brazão, que foi preso no dia 24 de março de 2024 pela Polícia Federal, tornou-se um dos alvos principais na busca por respostas sobre quem realmente ordenou a morte de Marielle Franco. O depoimento de Ronnie Lessa não é o único a apontar nesta direção; Élcio Queiróz, que teria dirigido o carro no dia do crime, e Orlando Curicica também citaram nomes ligados à família Brazão.
Quem é Chiquinho Brazão?
Chiquinho Brazão desenvolveu sua carreira política majoritariamente na zona oeste do Rio de Janeiro, um local conhecido pela forte presença de milícias. Com dois mandatos como deputado federal, ele foi eleito pela primeira vez em 2018 e reeleito em 2022. Antes de chegar à Câmara dos Deputados, foi vereador do Rio de Janeiro por 12 anos, período que inclui os dois primeiros anos de Marielle como vereadora.
A influência de Chiquinho e de sua família em Jacarepaguá e outras áreas controladas por milícias levanta questões sobre seu envolvimento em atividades ilícitas. Essas circunstâncias contribuem para as suspeitas que recaem sobre ele nas investigações do assassinato de Marielle.
A delação de Ronnie Lessa é vital para o caso, pois lança luz sobre os possíveis mandantes do crime. Ao longo das investigações, essa delação ajudou a direcionar as atenções para figuras de autoridade que poderiam estar envolvidas na ordem para o assassinato. Essa nova fase da apuração amplia o escopo das investigações e reforça a necessidade de uma análise mais profunda das conexões políticas e criminosas no caso.