Descubra como equilibrar o orçamento no início do mês e ter dinheiro até o final
Equilibrar as finanças e garantir que o salário dure até o fim do mês é um desafio para muitos brasileiros. Com o pagamento geralmente sendo feito até o quinto dia útil de cada mês, é comum que o dinheiro se esgote antes do fim do período.
De acordo com a pesquisa ‘Pulso 2023’, 61% dos brasileiros não conseguem economizar ou investir, o que evidencia a dificuldade de equilibrar o orçamento mensal. Para ajudar a enfrentar essa realidade, especialistas consultados pela Forbes Brasil oferecem dicas práticas para aprender a lidar melhor com o próprio dinheiro e evitar que ele acabe antes do esperado.
O primeiro passo para equilibrar o orçamento é adotar uma visão contínua sobre o controle financeiro, não se limitando ao início do mês. É essencial monitorar os gastos diariamente para evitar surpresas desagradáveis no fim do mês.
Para começar, evite se empolgar com o valor depositado na conta logo após o pagamento. Rica Mello, economista e fundador do grupo BCBF, alerta sobre o perigo de gastar impulsivamente com itens supérfluos sem saber exatamente quanto dinheiro está disponível após cobrir as despesas essenciais.
Planilhas de controle financeiro são fundamentais para visualizar claramente todas as fontes de renda e os gastos fixos, como aluguel, contas de serviços e transporte.
Lucas Ghilardi, educador financeiro e especialista em mercado de capitais, sugere dividir as despesas em quatro categorias principais: necessidades básicas (como alimentação e moradia), metas financeiras (incluindo poupança e investimentos), gastos variáveis (como lazer) e emergências.
Priorizar o pagamento de dívidas é fundamental para evitar juros e multas, que podem se acumular rapidamente e desestabilizar o orçamento.
Estabeleça metas financeiras realistas
Definir metas de gastos a curto, médio e longo prazo é uma estratégia eficiente para quem deseja manter o controle financeiro. A regra 50-30-20 é uma recomendação prática: 50% da renda deve ser destinada às despesas essenciais, 30% aos desejos e 20% à poupança ou ao pagamento de dívidas.
Contudo, esse percentual deve ser ajustado conforme a realidade de cada pessoa. Se as despesas essenciais ultrapassarem os 50%, é necessário reduzir os gastos supérfluos, como roupas e lazer, para manter o equilíbrio financeiro.
Reavaliar regularmente as despesas também é uma prática recomendada por Ghilardi, que aconselha focar na redução de grandes despesas, como aluguel, em vez de pequenos cortes que têm pouco impacto no orçamento total.
Criar uma poupança específica para compras maiores e definir um cronograma para alcançar esses objetivos é uma forma eficaz de evitar gastos por impulso. Além disso, é importante estabelecer prioridades e alocar recursos de acordo com as metas mais importantes, avaliando se o prazer ou benefício de determinada despesa justifica o custo.
Como equilibrar a vida financeira
Para alcançar um equilíbrio financeiro duradouro, é crucial priorizar o que é essencial e que trará benefícios a longo prazo. Jenni Almeida, estrategista financeira e CEO da Invest 4U, recomenda sempre questionar se determinado gasto está aproximando a pessoa de seus objetivos ou afastando-a deles.
Ao definir o destino de cada centavo, o indivíduo garante que seu dinheiro esteja trabalhando a seu favor e não o contrário.
Encarar o capital como um recurso limitado, que deve ser distribuído de maneira inteligente, é fundamental para alcançar a tranquilidade financeira. Estabelecer datas e valores limites para metas específicas, como a compra de um novo celular ou o planejamento de uma viagem, ajuda a manter o foco e evita gastos desnecessários.
Em última análise, o segredo para que o salário dure até o final do mês está no equilíbrio entre necessidades, desejos e um planejamento financeiro rigoroso, que considera tanto as obrigações imediatas quanto os objetivos de longo prazo.