Silvio Santos quase faliu ao perder banco e lojas em apenas 6 meses
Após a descoberta de um rombo financeiro no Banco PanAmericano em novembro de 2010, o empresário Silvio Santos revisou grande parte de seus negócios e optou por vender parte de seu patrimônio construído ao longo da vida.
Para quitar as dívidas e reduzir as operações do Grupo Silvio Santos, o apresentador vendeu o PanAmericano, a empresa de pagamentos online Braspag, e, por fim, a rede de lojas do Baú da Felicidade.
O SBT, que foi dado como garantia em um empréstimo de R$ 2,5 bilhões do Fundo Garantidor de Crédito, permaneceu sob controle de Silvio Santos. O portfólio do grupo agora se concentra em três áreas principais: consumo, com a Jequiti Cosméticos; comunicação, por meio do SBT; e capitalização, com a Tele Sena.
Em preparação para a sucessão, Silvio Santos, na época com 80 anos, contratou uma consultoria para avaliar quem está mais capacitado para assumir a liderança de suas empresas.
Vida e morte de Silvio Santos
Silvio Santos, cujo nome de nascimento é Senor Abravanel, nasceu em 12 de dezembro de 1930, no Rio de Janeiro. Ele começou sua carreira como locutor de rádio e logo migrou para a televisão, onde se destacou como apresentador. Seu estilo carismático e espontâneo fez com que ele ganhasse grande popularidade entre o público brasileiro.
Silvio Santos fundou o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) em 1981, consolidando-se como um dos principais empresários do setor de mídia no Brasil. Além da televisão, ele expandiu seus negócios para outras áreas, incluindo o setor financeiro, com o Banco PanAmericano, e o setor de cosméticos, com a Jequiti.
O comunicador morreu aos 93 anos, no último sábado (17), em São Paulo, em decorrência de uma broncopneumonia após infecção por influenza (H1N1). Ele foi casado com Íris Abravanel e deixou seis filhas, várias das quais também atuam em funções relacionadas aos negócios da família, especialmente no SBT.