Fim dos streamings? Disney+ é cancela compartilhamento de senhas
O compartilhamento de senhas em serviços de streamings, uma prática comum entre os usuários, está cada vez mais com os dias contados. Depois da Netflix adotar medidas rigorosas para bloquear o uso de contas compartilhadas, agora é a vez da Disney+ seguir o mesmo caminho.
O CEO da Disney, Bob Iger, anunciou que a plataforma de streaming deixará de permitir o compartilhamento de senhas entre usuários de diferentes endereços. A mudança, que afetará todos os assinantes, será implementada até setembro de 2024, marcando o início de uma nova fase para o serviço.
A decisão da Disney+ de acabar com o compartilhamento de senhas foi confirmada por Bob Iger durante uma teleconferência de resultados. A empresa, que já vinha estudando essa possibilidade desde o ano anterior, finalmente anunciou que a restrição será implementada globalmente até setembro.
A medida, que visa aumentar as receitas da empresa, segue uma tendência iniciada pela Netflix, que já havia bloqueado o compartilhamento de contas entre usuários de diferentes lares.
Além dessa mudança significativa, a Disney+ também revelou que haverá um reajuste nos preços das assinaturas. Nos Estados Unidos, as novas tarifas começarão a valer a partir de 17 de outubro de 2024. O plano padrão, que inclui anúncios, passará de US$ 7,99 para US$ 9,99 por mês, enquanto a assinatura premium, sem anúncios, subirá para US$ 15,99 por mês.
Outros serviços de streaming do conglomerado Disney, como Hulu e ESPN+, também terão seus preços aumentados. No Hulu, o plano com anúncios passará a custar US$ 9,99 mensais, e o plano sem anúncios, US$ 18,99. Já o ESPN+ terá seu preço reajustado para US$ 11,99 por mês.
Impacto global e expectativa para o Brasil
Essa nova estratégia da Disney reflete a busca por maximizar receitas em um mercado de streaming cada vez mais competitivo. A empresa, assim como outras gigantes do setor, enfrenta desafios em equilibrar a expansão de sua base de assinantes com a necessidade de aumentar a lucratividade.
Com o bloqueio do compartilhamento de senhas, a Disney+ espera converter usuários que antes dividiam contas em assinantes individuais, gerando assim um aumento nas receitas.
No entanto, a medida não vem sem controvérsias. Muitos usuários consideram o compartilhamento de senhas uma prática justa e até mesmo necessária, especialmente em tempos de inflação e aumento do custo de vida.
Além disso, o aumento dos preços das assinaturas pode levar alguns consumidores a repensarem sua adesão ao serviço, buscando alternativas mais econômicas ou até cancelando suas assinaturas.
Para os assinantes brasileiros, a Disney ainda não divulgou informações sobre possíveis reajustes de preços. Atualmente, o plano padrão do Disney+ no Brasil custa R$ 43,90 por mês ou R$ 368,90 por ano, enquanto a assinatura premium sai por R$ 62,90 mensais ou R$ 527,90 anuais.
Com as mudanças anunciadas nos Estados Unidos, é provável que a empresa também implemente ajustes semelhantes no Brasil em um futuro próximo.
Futuro dos serviços de streamings
As mudanças implementadas pela Disney+ marcam um ponto de inflexão para a indústria de streaming. O fim do compartilhamento de senhas, aliado ao aumento dos preços, indica que as plataformas estão buscando novas formas de se manterem lucrativas em um cenário de crescente concorrência e custos operacionais.
Enquanto os consumidores se adaptam a essas novas regras, as empresas precisarão encontrar o equilíbrio certo entre maximizar seus ganhos e manter a fidelidade de seus assinantes.