CUIDADO: marcas de café populares estão em lista de impróprias para consumo
Duas marcas de café goianas foram consideradas impróprias para consumo, conforme uma nova lista divulgada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A avaliação foi baseada na presença de impurezas acima do limite legal e “matérias estranhas” nos lotes desses produtos.
A lista atualiza uma relação de marcas já mencionadas anteriormente pela pasta, e reforça a necessidade de atenção por parte dos consumidores. Entre as marcas citadas estão o Café Dona Filinha e o Café Serra do Brasil, cujos lotes foram considerados inadequados para comercialização.
Impurezas no café popular
A fiscalização do Mapa identificou que os lotes 063 do Café Dona Filinha e 0056 do Café Serra do Brasil apresentam impurezas e materiais estranhos em níveis que excedem os limites estabelecidos pela legislação.
Segundo o órgão, impurezas como cascas e paus provenientes do cafeeiro são toleradas até certo ponto, mas lotes que excedem esses limites são considerados impróprios. Além disso, foram encontradas matérias estranhas, como grãos de outras espécies vegetais, areia e pedras, que comprometem ainda mais a qualidade do produto.
Essa não é a primeira vez que a fiscalização do Mapa revela problemas em marcas populares. No mês anterior, outras quatro marcas — Café do Povo, Sultão, Aladdin e Bule Nobre — também foram incluídas em uma lista por apresentarem as mesmas irregularidades.
A recorrência desses problemas destaca a importância de uma fiscalização rigorosa e contínua para proteger o consumidor de produtos que podem ser prejudiciais à saúde.
Esforços pela Melhoria da Qualidade na Indústria do Café
Diante desse cenário, a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) está promovendo iniciativas para garantir a melhoria da qualidade do café produzido e comercializado no Brasil.
Em um evento realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), torrefadores e empresários foram orientados sobre as novas exigências da legislação, que estabelece um padrão oficial de classificação para o café torrado. A mudança busca assegurar que o café disponível no mercado atenda a padrões de pureza e qualidade cada vez mais rigorosos.
A Abic ressaltou que, com o prazo de adequação às novas normas se aproximando, é essencial que as indústrias se preparem para cumprir as exigências e garantir a confiança do consumidor. Roberto Viana, fundador da Café Moinho Fino, destacou que a fiscalização é crucial para evitar que práticas desonestas comprometam a qualidade do café.
Segundo ele, produtos inadequados podem ser introduzidos no mercado, prejudicando tanto as empresas que seguem as regras quanto os consumidores que acabam adquirindo produtos de baixa qualidade.
A situação revela a importância de uma regulamentação eficiente e de um monitoramento constante para assegurar que apenas produtos seguros e de alta qualidade cheguem às prateleiras dos mercados. Enquanto isso, os consumidores devem ficar atentos às listas divulgadas pelo Mapa e evitar a compra de lotes considerados impróprios para consumo.