Atleta das Olimpíadas 2024 amputa dedo para participar dos Jogos
O jogador australiano de hóquei Matt Dawson tomou uma decisão drástica ao optar pela amputação parcial de um dedo da mão direita para garantir sua participação nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Dawson, de 30 anos, é membro da equipe que conquistou a medalha de prata nos Jogos de Tóquio em 2021 e sofreu uma fratura no dedo anelar da mão direita, ameaçando sua presença na competição.
Após a fratura, os médicos recomendaram duas opções: a imobilização do dedo com um gesso e uma recuperação prolongada ou a amputação da parte superior do dedo. Dawson escolheu a segunda alternativa e recentemente passou por uma cirurgia para realizar a amputação.
“Eu tomei uma decisão bem informada com o cirurgião plástico na época, não apenas pela oportunidade de jogar em Paris, mas também para minha vida depois. A melhor opção era tirar a parte superior do dedo. É uma pequena mudança no momento e um desafio emocionante, eu acho”, declarou o atleta à emissora australiana ‘Channel Seven’.
Opção extrema
O médico ortopedista e especialista em Cirurgia da Mão e Microcirurgia Reconstrutiva do Hospital Sírio-Libanês, Bruno Veronesi, descreve a amputação como uma escolha extrema em comparação com tratamentos conservadores, como a imobilização.
Segundo Veronesi, a amputação é indicada apenas para lesões graves em que o tratamento clínico não garante uma recuperação funcional adequada ou quando há uma necessidade urgente de retorno às atividades.
Veronesi ressalta que, sem detalhes específicos sobre a fratura de Dawson, como o tipo de lesão ou o estado dos tecidos ao redor dos ossos, é difícil especular sobre a gravidade da situação.
No entanto, ele sugere que a lesão pode ter sido suficientemente grave para justificar a decisão de amputação, já que uma recuperação com tratamento conservador poderia impedir a participação do atleta nas Olimpíadas.
Tempo de recuperação
De acordo com Veronesi, a maioria das fraturas de falange (ossos dos dedos das mãos) pode ser tratada clinicamente com imobilização por um período de 3 a 4 semanas.
No entanto, em casos específicos, a cirurgia é o tratamento mais eficaz. A cirurgia envolve a redução e o realinhamento dos fragmentos fraturados, seguida de uma fixação adequada da fratura.