Dia mais quente da história foi na semana passada e ligou alerta de cientistas
Recentemente, presenciamos um evento climático sem precedentes. No último dia 21 de julho, a temperatura média global do ar na superfície atingiu impressionantes 17,09ºC, ultrapassando o recorde anterior por uma pequena margem. Este evento não é isolado, mas parte de uma tendência de aquecimento global que tem trazido ondas de calor severas através de várias regiões do mundo, incluindo Estados Unidos, Europa e Rússia.
O Serviço de Alterações Climáticas Copernicus da União Europeia confirmou que esses aumentos significativos são consistentes com as previsões relacionadas às mudanças climáticas impulsionadas pela queima de combustíveis fósseis. Com a continuidade dessas condições, alguns cientistas estão projetando que 2024 poderá ser ainda mais quente, superando 2023 como o ano mais quente já registrado.
O que significa um novo recorde de temperatura global?
Os dados coletados pelo Copernicus revelam uma sequência alarmante de aumento de temperaturas, com cada mês, desde junho de 2023, sendo classificado como o mais quente para o mês correspondente em comparação com anos anteriores. Esta constante elevação nas médias mensais indica uma aceleração nas mudanças climáticas, impactando diretamente diversos ecossistemas e a vida das pessoas.
As elevadas temperaturas têm causado ondas de calor extremas que não só afetam a saúde humana, com um aumento nos casos de doenças relacionadas ao calor, mas também provocam severos impactos no meio ambiente. Incêndios florestais, secas e a perda de habitats são apenas algumas das consequências diretas desses aumentos de temperatura, comprometendo a biodiversidade e a sustentabilidade de recursos naturais essenciais.
Relação entre as ondas de calor e o fenômeno El Niño
No ano de 2024, a influência do fenômeno climático natural El Niño, que terminou em abril, ainda se faz sentir. Apesar de ser um evento cíclico e natural, quando combinado com as mudanças climáticas antropogênicas, o El Niño tem o potencial de intensificar ainda mais as ondas de calor, como observado nos dados recentes de temperaturas globais. Este entrelaçamento de fatores naturais e induzidos pelo homem destaca a complexidade do sistema climático da Terra e a urgência de se abordar as emissões de gases de efeito estufa.