Brasileiros vão acabar com a dúvida se a comida está estragada ou não
Quem nunca abriu a geladeira e ficou na dúvida se um alimento ainda estava bom para consumo? A verdade é que decidir se devemos jogar fora ou aproveitar alimentos pode ser complicado, além de envolver preocupações com saúde e o desgosto pelo desperdício. Para solucionar esse problema, uma equipe de pesquisadores brasileiros desenvolveu um dispositivo revolucionário capaz de indicar se um alimento está se deteriorando.
Este dispositivo inovador trata-se de pequenos biofilmes à base de amido, que mudam de cor em contato com gases emitidos por alimentos em decomposição. Essa mudança ocorre devido à presença de compostos como enxofre e nitrogênio, comuns em alimentos que estão estragando.
O que são os biofilmes e como são feitos
Estes biofilmes são criados usando matéria-prima simples, como polvilho doce (amido de mandioca), água e glicerol. São produzidos de forma que integram corantes sensíveis, que respondem aos gases alterando suas cores, o que permite uma interpretação visual fácil da qualidade do alimento.
Uma das utilizações mais promissoras para este invento é na indústria de alimentos, especificamente em supermercados. Operadores podem usar os biofilmes em embalagens ou como sensores, permitindo uma verificação rápida e eficiente da qualidade dos alimentos antes de serem disponibilizados para venda.
Testes realizados com diversos tipos de carnes, como frango, porco e vaca, confirmaram a confiabilidade deste sistema. Porém, recomenda-se o uso de biofilmes em conjunto para uma garantia ainda maior na verificação da qualidade.
A criação desses biofilmes não representa grandes custos, o que favorece seu uso amplo pelo setor alimentício. Um pacote de 500 gramas do principal ingrediente, polvilho doce, tem o custo aproximado de R$ 10 e pode resultar em até mil biofilmes.