Salário Mínimo em Ascensão: Novo Cálculo Aponta para R$ 1.412 em 2024

O salário mínimo no Brasil está em ascensão, com projeções indicando um aumento para pelo menos R$ 1.412 a partir de janeiro de 2024, com pagamento em fevereiro. Esse valor representa um acréscimo mínimo de R$ 92 em relação ao salário atual de R$ 1.320. No entanto, ficou abaixo dos R$ 1.421 estimados pelo governo na proposta de orçamento deste ano.

A projeção de R$ 1.412 foi calculada pelo G1 e confirmada por Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos e ex-diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado Federal. A diretora atual da IFI, Vilma Pinto, estimou o valor em R$ 1.413 para 2024, arredondando o resultado da inflação até novembro, utilizada no cálculo.

O cálculo para 2024 considera a nova política permanente de valorização do salário mínimo, aprovada pelo Congresso Nacional durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Anteriormente, nos governos Michel Temer e Jair Bolsonaro, o reajuste era definido anualmente pelo governo, não podendo ser inferior à inflação do período.

A nova fórmula de reajuste do salário mínimo, estabelecida por lei, leva em conta a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 12 meses até novembro e o índice de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores. Neste ano, a inflação foi de 3,85%, e o PIB de 2022 cresceu 3%.

Caso não houvesse essa fórmula, o governo seria obrigado a reajustar o salário mínimo apenas pela inflação, resultando em um valor de R$ 1.370,82, considerando o acumulado até novembro.

A valorização do salário mínimo, conforme proposto para 2024, impacta diretamente a vida de 54 milhões de brasileiros, servindo como referência para contratos de trabalho, aposentadorias e benefícios sociais. O reajuste, implementado por decreto até o final do ano, tem implicações nas despesas públicas, sendo que cada R$ 1 de aumento gera uma despesa de aproximadamente R$ 389 milhões em 2024, segundo cálculos do governo. Apesar de representar um aumento de gastos em relação a 2023, o valor estimado é menor que as projeções iniciais do Ministério da Fazenda.

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