Viajar para Marte pode ter graves consequências na saúde
A NASA está se preparando para sua primeira missão tripulada a Marte até 2040, mas um novo estudo alerta para potenciais riscos à saúde renal dos astronautas. Realizado por um grupo de 105 pesquisadores, o estudo combina análise de dados de voos espaciais humanos e experimentos com ratos expostos à Radiação Cósmica Galáctica (GCR).
Publicado na revista científica Nature, o estudo é descrito como o maior já realizado sobre os efeitos da radiação e da microgravidade nos rins durante voos espaciais.
Até agora, a maioria das missões espaciais ocorreu em Órbita Baixa, onde os astronautas foram parcialmente protegidos pelo campo magnético da Terra. Apenas os astronautas das missões lunares foram expostos à radiação cósmica por períodos curtos.
Para simular exposições prolongadas, os pesquisadores submeteram ratos a doses equivalentes à radiação esperada em missões de um a dois anos. Os resultados revelaram danos permanentes nos rins dos animais, incluindo remodelação e possível redução de tamanho do órgão.
Embora os dados sugiram uma relação entre radiação e microgravidade com as complicações renais, os pesquisadores ainda não identificaram as causas precisas desses efeitos.