Gal Costa e Gloria Pires não ficaram isentas de serem cobradas por ex-funcionários
A atriz Glória Pires, de 60 anos, foi condenada a pagar R$ 559 mil à ex-funcionária Denise de Oliveira, que a acusou de excessiva carga horária e de não ter proporcionado condições adequadas de trabalho. A informação foi divulgada pelo jornalista Daniel Nascimento, do jornal O Dia.
Denise, que trabalhava como cozinheira para Glória Pires, alegou na Justiça que sua jornada de trabalho era de mais de 12 horas diárias, com apenas 30 minutos de intervalo para almoço.
Contratada em setembro de 2014, Denise relatou que, de segunda a quinta-feira, trabalhava das 9h às 22h30, preparando todas as refeições da família. Às sextas-feiras, o expediente se estendia até as 17h, com poucas pausas para suas refeições. Seu último salário foi de R$ 5.780.
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Acidente de trabalho e demissão
Denise também afirmou que sofreu um acidente de trabalho quando a gaveta de um congelador caiu sobre seu braço esquerdo, resultando em lesões que necessitaram afastamento pelo INSS.
Ao retornar, foi demitida, o que a defesa de Denise argumentou ser ilegal, pois deveria ter estabilidade no emprego por 12 meses devido ao acidente.
Decisão judicial
Embora o juiz tenha considerado improcedente a alegação de acidente de trabalho, pois o incidente ocorreu fora do expediente, ele determinou que Glória Pires pague a Denise por horas extras, adicional noturno, correção monetária, contribuições previdenciárias, imposto de renda e honorários advocatícios.
O processo estava em andamento desde 2022 e uma tentativa de conciliação em fevereiro de 2024 não teve sucesso, quando Denise recusou a oferta de acordo de R$ 35 mil feita por Glória.
Repercussão e direito de resposta
A assessoria de Glória Pires não se manifestou até o momento da publicação desta reportagem. A defesa de Denise de Oliveira também não foi localizada. O espaço permanece aberto para eventuais declarações de ambas as partes.
Ex-funcionários de Gal Costa cobram na Justiça
Glória Pires não é a única que está passando por condenações na esfera trabalhista na Justiça. Uma ex-funcionária de Gal Costa, que trabalhou na casa da artista por cinco anos, expôs o suposto tratamento recebido durante seu período de serviço através de um áudio divulgado na imprensa.
“Para a pessoa ter moral de reclamar, precisa pagar a pessoa em dia, pagar o meu dinheiro. O que eu já trabalhei…eu não estou recebendo. Com isso eu estou quieta, não estou brigando com vocês, mas vocês estão brigando comigo”, falou no áudio divulgado pelo colunista Daniel Nascimento, do O Dia, durante conversa com a viúva da famosa, Wilma Petrillo.
Em outro momento, ela descreveu um desentendimento com Wilma, mencionando problemas com a máquina de lavar roupas, que estava com defeito na ocasião. “[Lavei], só não sequei porque a máquina dela está ruim, eu não tenho culpa. Ela ligou pra mim, 5 horas da manhã (…), a Gal Costa brigando comigo”.
Segundo ela, o expediente frequentemente se estendia por 12 horas diárias, além de não haver disponibilidade de refeições ou água para os funcionários.
“Tô sem dinheiro, sem dinheiro nenhum. Antes você pagava meu salário certinho, minha condução. É feio eu ficar cobrando toda hora. Cheguei aqui ruim, cansada de mais. Fiz dois horários, trabalhei mais de 12 horas, sem comer e beber nada”, afirmou na gravação.