Você pode começar a pagar para entrar na universidade pública
Fernando Haddad negou as informações publicadas pela Folha de S. Paulo no sábado (6) sobre a possibilidade de o governo federal cobrar mensalidades de alunos ricos em universidades federais.
Além disso, o ministro da Fazenda negou que alteraria as regras do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) como parte de medidas para ajuste fiscal.
Em nota, o Ministério da Fazenda declarou que essas propostas “jamais estiveram entre as medidas em análise pela pasta”. Além disso, o comunicado destacou que a Folha de S. Paulo não procurou o ministério para verificar as informações antes da publicação, o que impediu uma manifestação oficial antecipada.
Durante entrevista ao site O Cafezinho, Haddad afirmou categoricamente que a ideia de cobrar mensalidades, seja de alunos ricos ou pobres, nas universidades federais não está sendo considerada pelo governo.
Ele criticou a reportagem da Folha por não citar fontes específicas, mencionando apenas uma vaga “ala do governo” e “equipe econômica”.
Declarações de Haddad sobre reportagem da Folha de S. Paulo
A matéria da Folha, intitulada “Governo cogita cobrar de alunos ricos em federais e mudar Fundeb para ajustar contas”, sugeria que a equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava explorando alternativas para ajuste fiscal após descartar mudanças no piso de despesas com educação.
Entre essas alternativas, estaria a cobrança de mensalidades de alunos ricos em universidades públicas e alterações nos parâmetros do Fundeb. A reportagem alegava que essas medidas eram analisadas por uma parte do governo e faziam parte de uma lista com mais de cem propostas consideradas para debate.
Reação e impacto
A divulgação dessas informações gerou preocupação e debate público sobre o futuro da educação pública no Brasil. Contudo, com a negativa oficial do Ministério da Fazenda e as declarações de Haddad, fica claro que essas medidas não estão sendo consideradas pela atual administração.