Cientista afirma qual será o ano do fim do mundo (está mais próximo que imagina)

Cientista afirma que o Relógio do Juízo Final, um símbolo icônico que indica o quão próximo o mundo está de um apocalipse, continua marcando 90 segundos para a meia-noite. O Boletim dos Cientistas Atômicos anunciou a manutenção dessa marcação, ressaltando os riscos contínuos que ameaçam a humanidade, incluindo a corrida armamentista nuclear, a guerra na Ucrânia e as mudanças climáticas.

Desde sua criação em 1947, o Relógio do Juízo Final tem servido como um alerta para os perigos existenciais que a humanidade enfrenta. Em 2024, os cientistas destacaram vários fatores preocupantes.

A ameaça de uma nova corrida armamentista nuclear é um dos principais motivos para a manutenção dos ponteiros perto da meia-noite. China, Rússia e EUA estão investindo significativamente na expansão e modernização de seus arsenais nucleares, aumentando o risco de uma guerra nuclear.

A guerra na Ucrânia também contribui para esse cenário alarmante. A invasão russa e a resposta ocidental criaram um risco permanente de escalada nuclear. Além disso, a falta de ação efetiva contra as mudanças climáticas continua a ser uma grande preocupação.

Os cientistas também citaram os riscos associados à utilização indevida de tecnologias biológicas emergentes e de ferramentas de inteligência artificial.

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Cientista conta história do Relógio do Juízo Final

O Relógio do Juízo Final foi criado por Robert Oppenheimer e outros cientistas que desenvolveram a bomba atômica, com o objetivo de alertar o público e pressionar os líderes mundiais para evitar o uso de armas nucleares.

Desde 1947, os ponteiros do relógio já se moveram 25 vezes. Em 1947, eles começaram aos sete minutos para a meia-noite e, no final da Guerra Fria, em 1991, estavam a 17 minutos da meia-noite.

Rachel Bronson, presidente do Boletim dos Cientistas Atômicos, enfatizou que todos os grandes países estão investindo em seus arsenais nucleares como se fossem utilizá-los a longo prazo. Pavel Podvig, especialista russo em armas nucleares, ficou chocado quando o presidente russo Vladimir Putin colocou as forças nucleares em alerta após a invasão da Ucrânia.

Podvig explicou que as armas nucleares existem para garantir uma certa liberdade de ação, e Putin utilizou essa estratégia para dissuadir o Ocidente de intervir na Ucrânia.

 A Realidade das Armas Nucleares Hoje

Apesar de décadas de acordos de controle de armas, ainda existem cerca de 13 mil ogivas nucleares em todo o mundo, com 90% delas pertencentes à Rússia e aos EUA. Outros países como Reino Unido, França, China, Índia, Paquistão e Coreia do Norte também possuem arsenais nucleares. A maioria dessas armas é muito mais poderosa do que as que destruíram Hiroshima e Nagasaki.

O Reino Unido, por exemplo, aumentou o limite máximo de suas ogivas de 225 para 260 em 2021, e a força nuclear do país está em alerta máximo. Desde o início da guerra na Ucrânia, figuras importantes na Rússia sugeriram que as armas nucleares de Moscou poderiam ser usadas contra o Reino Unido.

Na base da Força Aérea britânica em Lakenheath, protestos contra a possibilidade do retorno de armas nucleares dos EUA continuam. Documentos do Pentágono indicam que armas “especiais” dos EUA serão posicionadas na base, e aviões de combate capazes de lançar essas armas já chegaram ao local.

Desde a criação da bomba atômica, há uma oposição significativa a essas armas. Na década de 1980, por exemplo, mulheres britânicas criaram acampamentos pela paz em Greenham Common para lutar contra os mísseis nucleares dos EUA. Hoje, a Campanha para o Desarmamento Nuclear (CND) continua a protestar contra as armas nucleares.

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